
Uma ideia primordial sobre aniquilamento reside no inconsciente coletivo.
No inconsciente coletivo da humanidade reside uma pré-disposição que elabora o conceito de que o mundo e a vida nele em algum momento será aniquilada. Temos, assim, inúmeros exemplos de lendas, fábulas e histórias que se baseiam nesta concepção.
Um dos grandes exemplos nós encontramos na Bíblia, no Livro de Apocalipse (“O Livro da Revelação”), também conhecido como o Apocalipse de João.
Esta ideia de fim do mundo, da extinção da humanidade é passível de ser encontrada em inúmeras tradições e povos. Ao longo de suas existências, eles acreditaram na possibilidade da aniquilação como resultado de algum comportamento transgressor de uma lei divina. Ou então, até mesmo por atos que causassem desagrado à divindade.
De alguma forma, essa ideia primordial se acomoda em cada ser de acordo com sua peculiaridade. E ela motiva, assim, a construção de visões pessoais que são muito influenciadas por questões educacionais e, principalmente, religiosas.
A pandemia lança um véu de incertezas sobre o futuro da vida da humanidade.
Observamos, ao longo dos anos, que em determinadas épocas surge algum movimento anunciando o fim dos tempos.
E é assim que, em meio a essa pandemia que se espalhou mundo afora, também podemos observar a influência desse mito do fim dos tempos embalar corações e mentes. Na verdade, muito se deve à incerteza de como serão os novos tempos, como é que teremos que nos comportar no novo normal.
O ser humano, em sua maioria, não responde bem à insegurança. E os eventos que estão por vir, alterando profundamente a economia, os relacionamentos, costumes e hábitos, certamente estão fazendo as estruturas balançarem.
De certa forma, a ideia de fim do mundo não está de todo errada, pois certamente os tempos pós-pandemia revelarão um novo mundo. Portanto, em meio a todos os questionamentos sobre como será então a vida, cabe avaliarmos o evidente recado que a natureza está enviando para mostrar os estragos que toda a carga de energias negativas que lançamos ao nosso redor está colocando a nossa sobrevivência em risco.
A transição planetária, anunciada por Kardec.
Conforme anunciam os nossos amigos espirituais, o planeta passa por uma mudança, a transição planetária descrita pelos espíritos a Allan Kardec.
Kardec organizou essas informações no livro ‘A Gênese'(*), por onde sabemos que essa transformação fará deste nosso planeta uma terra de regeneração, onde “mansos comporão o grupo de herdeiros do planeta.”
Mas enquanto esse processo não se completa, nós devemos manter o princípio do orai e vigiai em alerta, pois o que não é bom está se empenhando com toda energia para tomar de assalto nossos corações.
E, dessa forma, lançar o desânimo e a descrença para nos vencer, consolidando os seus intentos de subjugar a fé e instaurar a depressão que anuncia o fim de tudo.
Como podemos construir a nova vida para a humanidade.
Diante deste quadro, precisamos nos questionar como é que nós estamos nos comportando em meio a todos esses acontecimentos. Avaliar se não estamos deixando o mundo morrer dentro de nós e nos entregando, assim, ao fluxo desordenado das influências negativas que querem dominar todas as vontades.
É preciso ter em mente que nada morre, que em todos os instantes temos a oportunidade de escrever um novo destino para a nossa vida. Temos a capacidade de, interiormente, fazermos um novo e belo mundo surgir, e assim, nessa disposição trazer para fora a nova realidade.
Pois se quisermos ver um novo mundo, devemos nos renovar para que a mudança seja a materialização do nosso novo ser.
José Batista de Carvalho
(*) Wikipedia
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