
Sempre existe uma oportunidade de ajudar, de fazer o bem a alguém.
Sempre que tivermos a oportunidade de ajudar alguém que está passando por uma situação de necessidade, devemos fazer o que estiver ao nosso alcance para ajudar, pois para o bem não importa a grandeza da ação. Toda ajuda, ainda que nos pareça pequena, pode ser de grande importância para quem a recebe.
Se nós tivéssemos como saber a história de vida das pessoas, conhecendo o que se passou em suas encarnações anteriores, provavelmente encontraríamos uma justificativa para as agruras que se apresentam para muitas delas.
Quem vive hoje numa situação de miséria, é bem possível que tenha abusado em outras ocasiões das posses materiais em benefício próprio ou até prejudicado outras pessoas. Aquele que sofre com constantes traições e decepções pode ter sido o motivo de sofrimento, ao trair ou abandonar pessoas próximas.
Assim, as dificuldades e necessidades podem ser resultado da influência de antigas vítimas que se tornam obsessores. Ou, por outro lado, pode ser uma escolha pessoal ditada pela própria consciência para a encarnação presente, como uma forma de aprendizado e superação de desvios no comportamento.
Entretanto, ainda que haja um motivo justificável, isso não significa que essa pessoa não possa receber qualquer ajuda. Ou mesmo que um auxílio recebido poderia atrapalhar a sua jornada evolutiva.
Fazer aos outros o que gostaríamos que fizessem por nós.
Principalmente no momento atual da nossa história, quando a pandemia do coronavírus está fazendo surgir um número cada vez maior de necessitados de apoio, seja material ou emocional, toda atitude de compaixão é um bálsamo para quem a recebe.
Certamente, o apoio fraterno ajudará para que essa pessoa recobre suas forças para prosseguir na vida. Um prato de comida ou um agasalho para o socorrer o corpo; ouvidos atentos ou algumas palavras ternas para agasalhar a alma, podem não ser tão insignificantes quanto podem parecer para nós.
O mandamento máximo de Jesus é “amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a ti mesmo”, isto é, fazer o bem sem olhar a quem. Afinal, não cabe a nós nenhum tipo de julgamento quanto à vida e às ações dos outros.
Além disso, disse-nos também o Mestre amoroso, que tudo que fizermos a qualquer um de seus filhos estaremos fazendo por Ele.
“Porque tive fome, e destes-me de comer; tive sede, e destes-me de beber; era estrangeiro, e hospedastes-me;
Estava nu, e vestistes-me; adoeci, e visitastes-me; estive na prisão, e foste me ver.
Então os justos lhe responderão, dizendo: Senhor, quando te vimos com fome, e te demos de comer? ou com sede, e te demos de beber?
E quando te vimos estrangeiro, e te hospedamos? ou nu, e te vestimos?
E quando te vimos enfermo, ou na prisão, e fomos ver-te?
E, respondendo o Rei, lhes dirá: Em verdade vos digo que quando o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes.”
(Mateus 25:35-40)
Fazer o bem para alguém, sem olhar a quem.
Emmanuel¹ faz o alerta que não devemos retardar o bem, desenvolvendo sempre que possível, a capacidade de auxiliar.
O benfeitor espiritual diz que um amparo material, ainda que pequeno, pode ser o ânimo para enfrentar um novo dia. Nossa atitude pode ser “a palavra que esclarece e consola no combate da luz contra o assalto das trevas; a presença amiga que insufla a esperança ou o braço acolhedor que sustenta o companheiro atormentado pela exaustão.”
Mas para isso, no entanto, é preciso deixar de lado qualquer expectativa de gratidão ou reconhecimento. “Não temas farpas de censura, em torno de tua dádiva, e nem taxes a tua bondade com impostos de gratidão. O amor não cobra pedágio seja a quem for que passe por ele recebendo serviço”, diz Emmanuel.
A alegria deve estar presente no coração de quem se presta a ajudar, para que esse sentimento – ainda que de forma não visível aos nossos olhos – alcance também o coração do necessitado.
“Não permitas que a oportunidade de auxiliar se deteriore em tuas mãos. A dádiva retardada tem gosto de recusa”, adverte o mentor espiritual, que também lembra que toda boa ação praticada um dia reverte para o seu autor.
“Auxilia quanto, como, onde e sempre que possas para o erguimento do bem comum”, incentiva Emmanuel.
Semeamos hoje a nossa colheita futura.
Ele também nos lembra que tudo o que hoje temos é temporário, pois os bens materiais aqui ficarão quando encerrarmos nossa jornada nesta existência.
Levamos apenas o resultado das nossas ações, que ficam impressas em nossa alma de acordo com o bem ou o mal praticado, de acordo com a ação ou a omissão frente ao que testemunhamos.
Portanto, adverte o benfeitor espiritual, “Não esperes que a desencarnação obrigue outros a distribuir aquilo que podes dar hoje, no amparo aos semelhantes, para a construção de tua própria felicidade, de vez que tudo aquilo que damos à vida, na pessoa do próximo, é justamente aquilo que a vida nos restitui.”
Atentos à lei de causa e efeito, lembra também Emmanuel que faz bem quem “aproveita o ensejo de ser útil, com a inteligência de quem sabe que é preciso plantar hoje para colher amanhã”.
Noemi C. Carvalho
1 – “Estude e Viva”, por Emmanuel e André Luiz, psicografado por Chico Xavier e Waldo Vieira
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