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Uma santa e iluminada semana

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O mestre que veio trazer as sementes da bondade e da paz.

Jesus Cristo, ao longo de toda sua vida, usou o exemplo para difundir sua mensagem. E a Semana Santa nos leva a uma reflexão maior. Explicando e agindo conforme ensinava, trouxe esclarecimentos para uma época que era regida por preceitos muito rígidos, mas que em função das interpretações e interesses dos “senhores da lei”, estava criando uma sociedade cheia de injustiças.

Jesus não constituiu uma religião formatada em testamentos, com cerimônias e procedimentos rigorosos para a sua prática. Seu propósito maior era que o ser humano pudesse se reconhecer ao ver uma outra pessoa, e nesse reconhecimento vislumbrasse o perfeito brilho do semblante de Deus.

Cristo como um carinhoso e atencioso mestre, ensinava, acolhia, incentivava. Pregava que não tinha vindo para suprimir a lei, mas para que ela fosse entendida e cumprida em sua essência e verdade, com isso nos encaminhando ao retorno para a nossa verdade, para a nossa essência, amorosa e perfeita como criada por Deus.

Por representar um anseio espiritual de elevada importância, seu intento colidiu com as trevas interiores que dominavam a maioria dos seres da época. Havia muito trabalho ainda a ser feito e o Cristo era a grande semente sendo plantada em nossa terra.

Perceber o significado emblemático nas mensagens de Jesus.

Sob os louvores deu um povo ávido por um líder que o libertasse politicamente dos dominadores, Jesus adentra Jerusalém – a grande Jerusalém dos sagrados reis e patriarcas – montado em um jumento, expressão da pequenez terrena, demonstrando sua humildade e afirmando que não era Rei neste mundo e ali chegava para libertar as almas dos homens de sua pequenez espiritual.

Jesus aproveitava todas as oportunidades para ensinar e exemplificar, e é preciso estar atento pois, além dos literais significados, ele nos deixou  várias nuances com ensinamentos subjacentes aos que são historicamente conhecidos. Por isso que, se nos desprendermos do formalismo, poderemos descobrir inúmeras novas mensagens e significados em meio às palavras do evangelho, mostrando a riqueza de sua mensagem.

Podemos considerar que no período referido como Semana Santa, Cristo viveu de forma intensa e dramática todos o seu ensinamentos.

O simbolismo existente na crucificação e na ressurreição.

Segundo Marianne Williamson, “Existe um significado metafísico no que ocorreu com Jesus, principalmente nos três dias entre a crucificação e a ressurreição. Ele simboliza o tempo necessário para que o mundo físico possa alcançar uma mudança na consciência, para que a luz ascenda novamente depois da escuridão que nos subjugou. A ressurreição acontece quando nós nos mantemos firmes no amor ao invés de nas aparências, e, portanto, invocamos um milagre.”

Prosseguindo em seu texto, ela faz uma profunda e significativa interpretação do significado simbólico da crucificação: “Jesus chorou, como todos nós fazemos desafiados em nossos diferentes caminhos pelas mentiras e projeções do ego. A crucificação de Jesus – a tortura e o assassinato de um homem inocente – é um exemplo radical de ensinamento, uma demonstração da força do medo, e, depois, do poder do amor para transcendê-lo. Jesus morreu, então jazeu em seu túmulo por três dias. E, durante aquele período de tempo, é claro, pareceu para aqueles que o amaram, que todas as esperanças estavam perdidas. Ainda assim, a esperança é de Deus, e o que é de Deus nunca é perdido.

Jesus transcendeu a crucificação por vê-la como era. Confrontado com as projeções assassinas dos outros, ele continuou a amar com o coração aberto. E, por permitir que seu coração se tornasse tão grande quanto o universo, ele se tornou o vértice do milagroso. Assim como na presença de Moisés as leis do tempo e do espaço foram suspensas na divisão do Mar Vermelho, na presença de Jesus, as leis da morte também foram suspensas.

A crucificação nos leva para a escuridão da alma, onde nós lutamos com os demônios da vergonha e da aversão, da raiva e do ódio. Somos solicitados a morrer para tantas partes de nós mesmos – para baixarmos tanto a espada quanto o escudo, para desistirmos do julgamento, da obstinação e do ódio. Ainda assim, quando estamos lá, nus, tendo perdoado tanto, podemos sentir a iluminação voltando aos nossos corações, e sabemos que fizemos a transição para outro lugar. A crucificação nunca é o fim; de certa forma, é apenas o início.

Descobrimos, quando o espírito de Deus desceu em nós, que nós não fomos derrotados, mas, ao invés disso, nos tornamos seres melhores. Nós morremos para quem costumávamos ser, isso é verdade, mas quem vamos ser agora é um espírito renascido e renovado. A febre cedeu, as lágrimas secaram, e nós emergimos novamente para a luz do nosso verdadeiro ser. Assim é a ressurreição, a luz de Deus sobre nossas almas.”

A transcendência dos nossos sofrimentos.

Esse é o grande ensinamento: mostrar que somos mais do que pensamos, e que muitas vezes precisamos caminhar para o nosso calvário para renascermos, através da lição da ressurreição.

Um dos maiores símbolo de Jesus é o seu Sagrado Coração, que simboliza a transcendência de todos os espinhosos sofrimentos, sendo transformados pela luz e calor do fogo em sabedoria divina. É neste calor que nossos pecados são queimados.

Precisamos passar pela fornalha da transformação para entrar no reino de sabedoria de nossa essência.

José Batista de Carvalho

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2 Comentários

  1. maria aparecida nobrega

    Simplesmente lindo. Obrigada.

  2. Espetacular!!!!

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