Home / Outros Assuntos / Especial Coronavírus / Usar a máscara de pano de jeito errado pode ser perigoso

Usar a máscara de pano de jeito errado pode ser perigoso

figura com desenhos e instruções de como usar máscara de pano corretamente

Fiocruz explica como usar a máscara de pano.

Tivemos que nos acostumar com muitas coisas novas nestes últimos meses – porque a pandemia do novo coronavírus não veio para brincadeiras – e umas delas foi usar a máscara de pano sempre que precisamos sair de casa.

À medida que se conhece melhor esse vírus e se sabe mais sobre a forma de contágio, os especialistas reforçam as recomendações para que todos possam minimizar o risco de contrair a covid-19.

Essas recomendações de fato não mudaram muito desde o começo da pandemia: as principais são lavar as mãos com frequência, manter o distanciamento de outras pessoas, sair só quando preciso e usar máscara de proteção.

A máscara pode ser aquela de pano, mas foi observado que muitas pessoas não usam do jeito certo e isso pode ter um efeito contrário. Ou seja, ao invés de se proteger, a pessoa pode aumentar o risco de se infectar com o vírus.

Em função disso, a Fiocruz publicou um texto com recomendações para o uso certo da máscara, de modo que sua função de proteção seja efetiva. Leia abaixo alguns trechos selecionados.

Máscaras caseiras colorem rostos, mas não são enfeites. Veja como usá-las corretamente.

“Flores, sorrisos, animais de estimação, emblemas de time, heróis…. Descontraídas ou sóbrias, as máscaras de uso não profissional, também batizadas de ‘caseiras’, mudaram feições e paisagens urbanas mundo afora. O recurso tem simbolizado um forte senso de coletividade em relação à pandemia de covid-19, mas ainda se multiplicam erros que comprometem sua eficácia.

Diversos fatores contribuem para o uso falho, como notícias falsas, informações confusas ou incompletas e falta de clareza sobre a importância desse item que já se incorporou ao vestuário de milhões de pessoas. 

Dezenas de países começaram a recomendar máscaras caseiras, porque o vírus SARS-CoV-2, que causa a covid-19, não é transmitido apenas por quem apresenta sintomas claros da doença. Existe uma forma de transmissão silenciosa.

Muita gente não faz ideia de estar infectada, mas pode passar o vírus adiante: pessoas que estão no período anterior à manifestação dos sintomas (pré-sintomáticas), quem não desenvolve sintomas (assintomáticas) e quem tem sintomas tão leves ou raros que a doença fica despercebida.

No entanto, nem todos sabem como usar a máscara de pano corretamente. Veja algumas recomendações compiladas a partir das orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS), da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), do Ministério da Saúde, do Portal Fiocruz e de sites das unidades da instituição.

É preciso usar a máscara de pano como proteção e não como enfeite.

Falta de hábito, cansaço com os meses de pandemia e dicas errôneas explicam parte dos descuidos com a máscara caseira. Mesmo pessoas preocupadas com a saúde escorregam em falhas que podem custar a vida de alguém. Não raro vemos grupos nos quais apenas uma ou algumas pessoas usam a proteção. Desse modo, o risco de contaminação aumenta. 

Alguns campeões na lista de erros cometidos a cada esquina:

  • máscara no pescoço
  • pendurada na orelha
  • abaixo do nariz (ou cobrindo só a ponta dele)
  • deixando o queixo descoberto
  • colocada em qualquer lugar

Por que não fazer nada disso? É que nesses casos, as gotículas com o vírus podem ser absorvidas pela boca, nariz ou olhos, diretamente, ou após encostar em áreas eventualmente contaminadas e não higienizar as mãos. Ao recolocar a máscara, será grande a chance de contágio.

Mas esses problemas têm solução mais rápida e simples quando se descobre as causas: o desconforto que o artefato pode causar, mas há soluções.

Máscara ajustada corretamente, seca e de materiais adequados é mais confortável.

A máscara precisa cobrir todo o nariz e o queixo, sem ficar frouxa nos lados.

Se estiver caindo, provavelmente os elásticos ou as tiras não estão conseguindo prendê-la. Tente ajustá-los antes de sair de casa, mas se o problema continuar, substitua a máscara, que precisa ter um tamanho adequado ao rosto.

As máscaras de crianças também devem ser proporcionais. 

Quando uma pessoa não aguenta ficar com a máscara, vale observar causas prováveis. Materiais impróprios podem atrapalhar muito a respiração ou esquentar demais o rosto. Você deve verificar se os materiais estão de acordo com as recomendações do Ministério da Saúde e da Anvisa quanto a materiais.  

Outra razão que leva muita gente a tirar a máscara é o desconforto por estarem úmidas. Este é o sinal de que ela deve ser trocada imediatamente, porque se estiver assim perde a eficácia. Também substitua a máscara a cada duas horas, mesmo que esteja seca.

Por isso o Ministério da Saúde recomenda que se tenha ao menos cinco máscaras, para que não falte proteção se você ficar muito tempo na rua. E saia com saquinhos bem diferentes para guardar máscaras limpas e sujas. 

Além do uso da máscara, outras dicas importantes.

A higienização das mãos é o primeiro passo antes de vestir a máscara (de uso individual).

E ao colocar os pés fora de casa, nada de tocá-la. É só lembrar que ela pode estar contaminada. Caso se esqueça e toque a máscara, higienize as mãos de novo.

Se for mesmo preciso fazer um ajuste, ajeite-a apenas pelo elástico ou tira. Também é por meio deles que se deve substituir a máscara quando estiver em local público e ao chegar em casa (sempre com as mãos limpas). 

Lave a máscara separadamente de roupas e outros itens. Limpe em água corrente com sabão neutro; deixe de molho por trinta minutos numa solução feita com um litro de água e duas colheres de sopa de água sanitária; enxague sem torcer com força e coloque para secar; passe com ferro quente; guarde em recipiente fechado. Descarte a máscara quando completarem 30 lavagens ou se ela tiver danos.

Recomendação de uso ampliado de máscaras caseiras no Brasil.

No Brasil, o Ministério da Saúde declarou que a máscara caseira poderia ser uma aliada no combate à propagação do novo coronavírus em abril. No dia 8 de agosto, em seu site sobre a Covid-19, consta a recomendação da utilização dessas máscaras em todos os ambientes: “As máscaras de tecido (caseiras/artesanais) não são Equipamentos de Proteção Individual (EPI), mas podem funcionar como uma barreira física, em especial contra a saída de gotículas potencialmente contaminadas.”

A medida deve ser associada a recomendações como por exemplo:

  • distanciar-se de outra pessoa em pelo menos um metro
  • lavar com frequência as mãos (até a altura dos punhos) ou higienizá-las com álcool a 70% (gel ou líquido)
  • evitar abraços, beijos e apertos de mão
  • não compartilhar objetos de uso pessoal
  • evitar aglomerações
  • deixar ambientes ventilados

Dentre as recomendações, consta o público que não deve usar as máscaras de pano:

  • profissionais de saúde durante sua atuação
  • pacientes contaminados ou suspeitos (com sintomas) e pessoas que cuidam de pacientes contaminados (porque devem usar máscaras profissionais)
  • crianças menores de dois anos
  • pessoas incapacitadas de remover a máscara sem assistência
  • quem tiver contraindicação de profissional de saúde

Especialista explica a importância de usar a máscara de pano.

Os cientistas estão descobrindo uma série de fatores relacionados à covid-19, mas já se sabe que a transmissão ocorre por contato com secreções contaminadas, como gotículas de saliva, espirro e tosse.

Por essa razão, as autoridades sanitárias recomendam que se evite contatos pessoais (como o aperto de mão) e também com objetos ou superfícies, seguidos de toque no nariz, olhos e boca.

A virologista Marilda Siqueira, chefe do Laboratório de Vírus Respiratórios e do Sarampo do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), referência da Organização Mundial da Saúde para covid-19 nas Américas, explicou a relação entre transmissão e medidas protetivas em entrevista ao Canal Saúde na série de podcasts CoronaFatos.

Marilda Siqueira enfatizou que se trata de responsabilidade social usar máscara caseira, afinal, qualquer um de nós pode transmitir o vírus, mesmo sem sintomas, e também disse que a medida colabora para a autoproteção.

“Se não tomarmos os cuidados necessários como o distanciamento social e o uso de máscaras, vamos nos infectar, porque se a gente está dentro de um ônibus, num restaurante, numa fila de banco, de supermercado, onde estivermos, não sabemos se quem está do nosso lado está infectado ou não, e o quanto de partícula, de vírus, esta pessoa está transmitindo naquele momento. Então, a melhor maneira de nos prevenirmos é evitarmos um contato próximo com as pessoas, usarmos sempre máscaras e lavarmos as mãos com frequência.”

Como se trata de uma doença recente, a cada momento são feitas descobertas. Por isso é importante buscar informações atualizadas e checar as datas de conteúdos já publicados.”

com informações do Portal Fiocruz, por Renata Augusta, 27/08/2020

ASSINE GRATUITAMENTE NOSSA NEWSLETTER

ASSINE GRATUITAMENTE NOSSA NEWSLETTER

1 – Insira o seu e-mail e cadastre-se.

2 – Autorize sua inscrição no e-mail de confirmação que você vai receber.
* Lembre-se de olhar as caixas de spam e de promoções.

Política de PrivacidadePolítica de Cookies Política Anti-Spam

LêAqui: a mensagem certa na hora certa.
Também nas redes sociais: Facebook – Instagram – PinterestTwitterYouTube

%d blogueiros gostam disto: