
Para caminhar rumo ao Novo Mundo, precisamos reconhecer a nossa condição sagrada.
Passam as horas, correm os dias. E minha mente busca, nas mais distantes reflexões, algum sentido para entender a insana avidez que está cada vez mais transformando este mundo, destinado a seguir rumo ao Novo Mundo, num espaço de dor e sofrimento.
“Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu espírito; este o maior e o primeiro mandamento. E aqui tendes o segundo, semelhante a esse: Amarás o teu próximo, como a ti mesmo. – Toda a lei e os profetas se acham contidos nesses dois mandamentos.” (Mateus, 22:34-40)
Quando Jesus revelou que somos todos filhos de um mesmo e amoroso Pai ele proclamou que a fraternidade é um laço que deveria unir a todos. Pois somos todos frutos de Divinos e sublimes desejos do amor de Deus, que a cada um de nós confiou talentos e dons únicos para modelarmos, na matéria deste planeta, os milagres e obras que transformarão esta terra nos Divinos Campos do Senhor.
Mas a ignorância da condição sagrada que somos faz muitos se refugiarem nas cavernas do egoísmo. Virando as costas para a Luz que nos criou e mergulhando nas sombras do orgulho, constroem personas para ocultar em vaidades as fraquezas que se manifestam em mesquinharia, arrogância, ambição e desenfreada ganância.
“Olhai para as aves do céu, que não semeiam, nem ceifam, nem ajuntam em celeiros, e vosso Pai celestial as alimenta; não valeis vós muito mais do que elas?” (Mateus, 6:26)
Quem desfila pelas alamedas do consumo se liga a espíritos perturbadores.
Essas fraquezas, oriundas do distanciamento de Deus, solapam a fé e os faz crer que somente a força ou a malícia garantirão os recursos necessários para que possam desfilar pelas alamedas do consumo e assim usufruir deste ilusório paraíso que apenas sacia desejos.
Longe da plenitude real e distantes da fé, edificam ídolos para apaziguarem os seus sentidos e aplacarem os seus temores. Idealizam, assim, um deus feito à imagem e semelhança de suas fantasias e ilusões.
Muitas vezes, as características idealizadas neste dourado bezerro são projetadas na figura de alguém que, mergulhado na incompreensão, assume qualidades que não possui.
“Ninguém pode servir a dois senhores; pois ou há de aborrecer a um e amar ao outro, ou há de unir-se a um e desprezar ao outro. Não podeis servir a Deus e às riquezas.” (Mateus, 6:24)
Sabemos que estamos em meio a um grande movimento de transformação do planeta. Esse processo, junto à exacerbação do materialismo, à incredulidade, ao medo e às aflições, danifica ainda mais o deficiente equilíbrio do ser humano. E esse desequilíbrio está infestando corações e mentes com insanas concepções que estão facilitando ligações energéticas com espíritos perturbadores.
A Terra seguirá rumo ao Novo Mundo seguindo o caminho do Cristo.
A Transição Planetária é um processo que transformará a Terra, fazendo-a então sair da atual condição de um planeta de provas e expiações para um mundo de regeneração.
Todos nós, nestes dias que aqui vivemos, estamos tendo uma grande oportunidade de cumprirmos as nossas provas e expiações e saldar os compromissos assumidos no plano espiritual antes de reencarnarmos. E assim, fazer jus a experimentar a Terra de regeneração, onde poderemos recuperar as forças e vivenciar a paz.
“Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim.” (João, 14:6)
Os tempos são conturbados e carregados de dores e sofrimentos, pois os espíritos aqui encarnados ainda têm em si mais mal do que bem. E, com a intensificação das provas e expiações, se conseguirmos seguir as orientações de Jesus, teremos mais condições de expungir todo o mal que trouxemos para assim poder adentrar os novos tempos onde os habitantes terão em si o bem ensinado por Cristo.
“Deixo-vos a paz; a minha paz vos dou. Não vo-la dou como o mundo a dá. Não permitais que vosso coração se preocupe, nem vos deixeis amedrontar.” (João, 14:27)
José Batista de Carvalho