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Vida após a morte: à espera da reencarnação

seres espirituais caminhando numa extensa alameda arborizada que termina em imponentes edificações vida após morte reencarnação

As dúvidas sobre a vida que existe após a vida.

Como é a vida depois da morte? Onde fica o espírito? O que ele faz enquanto aguarda a reencarnação? Muitas perguntas surgem quando pensamos na morte. Esse fato não é só natural, mas inevitável. Sabemos que um dia nossa vida será extinta. Existe até o ditado popular que diz que “a única coisa certa na vida, é a morte”.

Mas, principalmente na cultura ocidental, tentamos nos manter distantes desse tema. Afinal, nós o relacionamos à tristeza, ao apego ao que temos, às dúvidas sobre o que acontece depois da morte, e tudo isso gera medo. O medo do desconhecido, de um sofrimento eterno ou simplesmente de um ponto final naquilo que somos até agora.

Sobre o controverso tema da morte, uma das coisas que mais causa medo é a dúvida sobre o que acontece depois.

Erraticidade: o espaço-tempo entre as encarnações.

De acordo com os ensinamentos da Doutrina Espírita, os espíritos podem estar encarnados – isto é, vivendo em um corpo físico na Terra ou em outros mundos – ou desencarnados – ou seja, libertos da vestimenta carnal. Os espíritos desencarnados denominam-se também de ‘espíritos errantes’, e vivem na ‘erraticidade’.

A erraticidade, entretanto, não é um lugar físico. Mas sim o espaço de tempo, depois da morte do corpo material, quando o espírito, geralmente, volta para o plano espiritual e fica aguardando a próxima reencarnação.

Geralmente, porque existem aqueles que não se conformam ou não entendem que desencarnaram e continuam perambulando pela crosta da Terra indefinidamente.

As explicações sobre esses termos constam do “Livro dos Espíritos”, compilação dos estudos e pesquisas de Allan Kardec que resultou na Codificação da Doutrina Espírita.

Kardec dá a definição de erraticidade: “Estado dos Espíritos errantes, isto é, não encarnados, durante os intervalos de suas existências corpóreas.

A erraticidade não é um sinal absoluto de inferioridade para os Espíritos. Há Espíritos errantes de todas as classes, salvo os da primeira ordem ou puros Espíritos, que não tendo mais que sofrer com a encarnação, não podem ser considerados como errantes.

Os Espíritos errantes são felizes ou desgraçados segundo o grau de sua purificação. É nesse estado que o Espírito, tendo despido o véu material do corpo, reconhece as suas existências anteriores e os erros que o afastam da perfeição e da felicidade infinita. É então, igualmente, que ele escolhe novas provas, a fim de avançar mais depressa.”

Somos espíritos errantes em busca da Luz.

Portanto, a erraticidade é um estado natural da existência e não tem relação nenhuma com castigo ou segregação. É só o nome que se deu a esse intervalo momentâneo durante o qual o espírito não está encarnado, ou seja, não está vivendo na carne, no corpo material.

Outro ponto é que todos os espíritos que estão no intervalo das encarnações são considerados errantes. E isto independe de sua condição moral ou elevação espiritual.

Só os chamados Espíritos Puros, que já atingiram o grau máximo de consciência espiritual, não são considerados errantes, porque já não têm necessidade de passar por outras reencarnações.

A morte não traz nenhuma modificação na personalidade. Isto significa que, depois do falecimento, o espírito continua com as mesmas características de personalidade, mantendo os mesmos valores ou vícios que tinha em vida.

Mas durante o período de erraticidade o espírito tem a oportunidade de estudar e de aprender e, assim, melhorar as suas condições para a próxima vida no corpo físico, onde terá novas oportunidades de demonstrar o aprimoramento que conseguiu.

As possibilidades de aprendizado antes da reencarnação, durante a vida após a morte.

Entretanto, da mesma forma que acontece no plano terrestre, o que cada espírito vai fazer depende da escolha individual. Também no plano espiritual, ninguém é obrigado ao estudo ou ao trabalho.

Mas a escalada na jornada espiritual é destino certo. Por isso quanto antes e da melhor forma forem aproveitadas as oportunidades de evolução, tanto no plano terrestre como no espiritual, melhor será.

É melhor porque, com a evolução do conhecimento e a prática de atitudes baseadas nos conceitos morais do bem, diminuem as possibilidades de passar por muitas das dores e dos sofrimentos. Estes, por sua vez, nunca são punições, mas consequências de ações que praticamos nesta ou em vidas anteriores.

Por isso os espíritos errantes, conscientes dos benefícios que o aprimoramento íntimo lhes fornece, aproveitam o tempo no plano espiritual para participar de cursos e palestras ministrados por entidades superiores, e também para participar de atividades socorristas.

E libertos das necessidades do corpo físico, o tempo no plano espiritual pode ser muito melhor aproveitado pelos que assim o desejarem.

As colônias espirituais e o umbral.

Uma ressalva deve ser feita: nem todos os desencarnados têm a possibilidade de viver nas colônias espirituais. A morte do corpo físico não é um bilhete de ingresso para aquilo que foi consagrado como o “céu ou o inferno”.

Existe, no plano espiritual, a região chamada pelo espiritismo de “umbral”, cujas descrições se assemelham muito às das regiões infernais do catolicismo. Entretanto, esse é um destino determinado pela própria pessoa, pelo modo de vida que teve e por suas próprias construções mentais.

André Luiz, no livro “Nosso Lar”, psicografado por Chico Xavier, descreve uma das colônias espirituais, bem como as atividades desenvolvidas pelas entidades que lá vivem. Além disso, ele relata também sua estada, inicialmente, na região do umbral.

Um legado de amor para orientar a nossa vida, tornar proveitosa a nossa morte e produtiva a nossa reencarnação.

De todo modo, o que podemos entender sobre o que acontece conosco depois da nossa morte, é que as nossas condições de existência, seja no plano físico como no espiritual, dependem de nossos pensamentos, de nossas emoções e de nossas atitudes.

Todos nós somos seres em desenvolvimento, e atraímos para nós aqueles que ressoam na mesma faixa vibratória de nossas atitudes e de nossos ideais.

Portanto, temos o potencial de transformar a nossa vida de acordo com as escolhas que fazemos e com o modo como empregamos o nosso tempo.

Isto se aplica seja em qual plano de energia estivermos transitando, seja na vida física ou na espiritual depois da morte, enquanto aguardamos a oportunidade da reencarnação.

Os caminhos para a transformação nos são mostrados por mestres espirituais que já alcançaram essa compreensão.

Entre eles, Jesus fez de sua vida um legado de ensinamentos sobre o amor, o perdão, a fé.

Ele veio demonstrar a forma de unir a humanidade, não em torno de um nome ou de uma crença, mas do espírito de compreensão e fraternidade que faz da nossa Terra parte de uma família universal.

Noemi C. Carvalho

Fontes
O Consolador

Centro Espírita Batuíra

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