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Divaldo Franco e a dor inconsolável do suicídio

uma flor amarela em meio a um fundo azulado com o simbolo da campanha setembro amarelo Como encontrar conforto na dor do suicídio, segundo Divaldo suicídio e Divaldo

Setembro, um mês dedicado à valorização da vida.

Neste início de setembro, mês mundial da prevenção do suicídio, gostaria de registrar um trecho de uma palestra de Divaldo Franco, onde, de forma emocionante, ele esclarece como podemos transformar a dor pela perda de um ente querido, colocando o amor em ação e levando alento e consolação aos corações feridos.

É muito grande o número de pessoas que pensa em se suicidar, muito maior do que imaginamos. Porque, afinal, são muitas as razões e muitos os sofrimentos que atingem o ser humano.

A Unicamp fez um estudo que mostra que 17% dos brasileiros já pensaram em dar fim à sua vida em algum momento e, dentre esses, 48% fizeram planos para levar adiante o suicídio.*

A prevenção para que tais pensamentos não se transformem em realidade é a educação.

Hoje se sabe que a cultura que se estabeleceu ao longo do tempo de que não falar sobre suicídios seria a melhor prevenção, na verdade não é efetiva.

Precisamos de ações para prevenir o suicídio, não ignorá-lo.

É certo que este assunto assusta e incomoda as pessoas. Mas teremos melhores condições para lidar com o problema quanto mais informações e conhecimento compartilharmos sobre tudo o que cerca o suicídio.

Aqui no Brasil, diariamente 32* pessoas tiram a sua vida. Se estivermos informados sobre as causas principais que levam a essa atitude e os recursos para prevenção, certamente poderemos iniciar o trabalho para reduzir a perda dessas vidas.

Podemos ter ações eficientes para a prevenção discutindo esse assunto de forma responsável e apropriada e seguindo as recomendações dos órgãos oficiais de saúde.

O Setembro Amarelo surgiu para que esse incômodo assunto deixe de ser um tabu, e para que informações verdadeiras e responsáveis possam orientar a todos sobre as formas de prevenção.

Leia a seguir a mensagem de Divaldo para quem sofre com a dor de uma vida levada pelas garras do suicídio.

José Batista de Carvalho

* fonte: Setembro Amarelo

O suicídio, na visão de Divaldo Franco.

Não há palavras que possam constituir consolo, especialmente a uma mãe cujo filho tombou na armadilha do suicídio.

Tecnicamente, o suicida sofre quando chega ao mundo espiritual, mas depende de muitas circunstâncias.

Hoje, nós vemos a depressão como uma pandemia e, de repente, o indivíduo é vítima de um surto de espíritos suicidas. É diferente daquele indivíduo que, desgostoso com problemas financeiros, sociais, emocionais, planeja o suicídio. 

Allan Kardec, com muita propriedade, diz que a intenção é o mais importante.

O sofrimento para quem interrompe a vida por um surto, por um programa propositadamente traçado é muito grande, mas nunca nos esqueçamos do amor de Deus. Deus tem sempre misericórdia, principalmente para aqueles que não têm resistência para suportar as provações.

Lembre, cada mãe, que essa dor do filho aflito vai passar e que ela vai ter oportunidade daqui de diminuir a sua dor, orando, lembrando-se dos momentos mais felizes, recordando-se do filho como seu tesouro e enviando pensamentos bons.

A atitude em intenção de uma irmã amada.

Em 1939 suicidou-se uma irmã minha. Eu contava 12 anos. Mais tarde, quando criamos a Mansão do Caminho, eu tive uma ideia de, por amor a ela, fazer algo muito original.

O meu irmão era delegado de polícia em Feira de Santana, nossa cidade natal. Eu fui a Feira de Santana e perguntei-lhe sobre as mulheres sofredoras que se entregavam ao comércio carnal, e pedi que ele me levasse ao local onde elas ficavam. Naquela época que não havia motéis, havia ruas dedicadas ao meretrício.

Eu gostaria de conhecer de perto a situação delas e meu irmão me levou a várias casas, ao cabaré onde se encontravam. Eu fui surpreendido com cenas de difícil exposição. Algumas atendiam clientes sobre a cama e em baixo, no chão, dormiam os seus filhos. O que poderiam ser eles?

Aquilo me deu uma dor física porque elas não tinham onde deixá-los. Então, em homenagem a minha irmã desencarnada que sofria muito, eu pedi a Deus que nos ajudasse a atender aquelas crianças duplamente órfãs e em risco de aprenderem tudo quanto era pernicioso.

As crianças acolhidas para ter uma melhor oportunidade de vida.

Elegemos, então, dez crianças e fui a cada mãe explicar que desejava educá-las, que ninguém nunca saberia qual aquela que veio daqui ou dacolá.  Era permitido que elas as visitassem, mas que nos dias da visita, se vestissem de maneira menos chocante para poder conversar com seus filhos, sem explicar a razão pela qual estavam internados, pois disso eu cuidaria.

Assim, escolhemos as dez crianças, retiramos de debaixo das camas, levamos para a Mansão do Caminho. E ninguém da Mansão do Caminho sabia da origem daquelas crianças, somente eu. Nós temos um livro em que registrávamos a entrada, apresentávamos ao meritíssimo juiz de direito que nos concedia o documento de responsabilidade e guarda, mas a razão real somente eu sabia.

E eles cresceram, meninos e meninas, todos os dez são cidadãos, em homenagem ao amor pela minha irmã. E essa homenagem ela recebeu como bênçãos, porque as Leis Divinas transformam o amor em resgate. Era uma forma de ajudá-la, ela se suicidou mas também foi muito amada minha, tinha merecimento. A circunstância levou-a e esse desespero, mas era uma boa mãe, uma esposa exemplar e isso contabilizou (a seu favor).

E com esse problema ela teve o direito de reencarnar e de nos conhecermos. Ela foi para a Mansão do Caminho, para nossa creche, desencarnou com seis anos, e está hoje já está reencarnada.

A mensagem de Divaldo Franco para quem perdeu alguém ao suicídio.

Então, eu diria às mães, todo o bem que fizerem, façam-no em memória do filho querido, não lembrem dele sofrendo. Lembre-se de quando eram crianças, de como eram  alegres, lembre dos momentos felizes e positivos, porque seu pensamento vai até eles.

Um dia, Chico Xavier me disse uma frase bem tosca, mas de uma grandeza incomum: “a prece das mães arromba as portas dos céus.”

Então, quem  teve um filho, um amigo, parente que não suportou as vicissitudes da vida e interrompeu pelo suicídio o seu ciclo, ore. Não pense naquele ato, ame e com uma imensa ternura diga, “meu bem, pense em Deus“, e eles serão beneficiados.

Divaldo Franco

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