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Prece ou invocação: saiba a diferença que existe

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A prece e a invocação são petições com destinos diversos.

Quando pensamos em algo que queremos que se realize estamos emitindo uma energia que se dispersa e alcança forças espirituais que vão se movimentar na sua concretização. Chamamos a esse processo de oração ou prece, quando ela é dirigida ao bem mas, caso contrário, ela é considerada uma invocação.

Isso é explicado em detalhes por André Luiz¹, quando ele se reporta a um ensinamento do Ministro Clarêncio.

Devemos lembrar que todo e qualquer pensamento é uma força em ação, que produz uma reação correspondente. E dependendo do tipo de energia que ele carrega, se é voltado para o bem ou se é impregnado por baixas vibrações, vai atrair emissões de energia semelhante.

Assim, quando rezamos com o coração gratificado e pedimos por algo de bom para a nossa vida ou para alguém próximo a nós, a nossa prece vai de encontro a amigos e benfeitores espirituais.

Estes procuram, na medida do possível, nos auxiliar naquilo que requisitamos, desde que traga benefícios a todos os envolvidos e esteja de acordo com o programa evolutivo da nossa existência.

Entretanto, quando é feito um pedido para conseguir algo em prejuízo de outrem, esse pensamento ressoa nas mentes daqueles que ainda se encontram em estágios inferiores.

Dessa forma, estabelece-se um vínculo com os espíritos que, destituídos de conceitos morais e espirituais elevados, comprazem-se na prática de atitudes perversas. E nessa relação, eles podem vir a exercer uma influenciação constante em nossa vida.

Todo desejo é manancial de poder.

André Luiz relata as explicações a esse respeito, dadas por uma elevada entidade da colônia espiritual Nosso Lar. O Ministro Clarêncio começa falando da força existente no desejo, antes mesmo de ser pensamento:

— Todo desejo é manancial de poder. A planta que se eleva para o alto, convertendo a própria energia em fruto que alimenta a vida, é um ser que ansiou por multiplicar-se.

Interrogado sobre como seria possível uma rogativa sem palavras de uma planta ser atendida, o orientador respondeu:

— A Lei, como representação de nosso Pai Celestial, manifesta-se a tudo e a todos, através dos múltiplos agentes que a servem. No caso a que nos reportamos, o Sol sustentou o vegetal, conferindo-lhe recursos para alcançar os objetivos que se propunha atingir.

Assim, esclarece o mentor, todas as criaturas atendem a outras criaturas, de acordo com as possibilidades. Para melhor explicar, ele faz alusão aos transformadores de energia elétrica, que possibilitam o melhor aproveitamento da força. De modo semelhante, diz que “temos igualmente, em todos os domínios do Universo, os transformadores da bênção, do socorro, do esclarecimento”.

Toda a criação divina é receptora das correntes centrais da vida que emanam de Deus. E “seres incontáveis, escalonados em todos os tons do instinto, da inteligência, da razão, da humanidade e da angelitude, modificam a energia divina, de acordo com a graduação do trabalho evolutivo, no meio em que se encontram.

Cada degrau da vida está superlotado por milhões de criaturas… O caminho da ascensão espiritual é bem aquela escada milagrosa da visão de Jacob, que passava pela Terra e se perdia nos céus”, explica o Ministro.

Explicando a prece.

Com relação à prece, Clarêncio traz uma interessante elucidação. Como sabemos, o pensamento que emitimos não é estanque. Ele é uma energia que se alastra como ondas, levando a essência do nosso desejo.

— Conforme a sua natureza, paira na região em que foi emitida ou eleva-se mais, ou menos, recebendo a resposta imediata ou remota, segundo as finalidades a que se destina – explica o orientador, que continua:

— Desejos banais encontram realização próxima na própria esfera em que surgem. Impulsos de expressão algo mais nobre são amparados pelas almas que se enobreceram. Ideais e petições de significação profunda na imortalidade remontam às alturas…

— Cada prece, tanto quanto cada emissão de força, se caracteriza por determinado potencial de frequência e todos estamos cercados por Inteligências capazes de sintonizar com o nosso apelo, à maneira de estações receptoras.

— Sabemos que a Humanidade Universal, nos infinitos mundos da grandeza cósmica, está constituída pelas criaturas de Deus, em diversas idades e posições.

Quanto mais cada consciência se aperfeiçoa em sua trajetória de elevação, esclarece o Ministro Clarêncio, mais se harmoniza com as qualidades do Pai Celestial e, assim, mais amplo é o seu poder de cooperar na execução do Plano Divino, “respondendo às solicitações da vida, em nome de Deus, que nos criou a todos para o Infinito Amor e para a Infinita Sabedoria”.

Explicando a invocação.

Surgiu, então, uma pergunta, quanto àqueles que pedem para a realização de propósitos indignos, egoístas ou maldosos:

— Contudo, como interpretar o ensinamento, quando estivermos à frente de propósitos malignos? Um homem que deseja cometer um crime estará também no serviço da prece?

Com sabedoria, o Ministro Clarêncio enfatizou:

— Abstenhamo-nos de empregar a palavra ‘prece’, quando se trate do desequilíbrio: digamos ‘invocação’. E acrescentou:

— Quando alguém nutre o desejo de perpetrar uma falta está invocando forças inferiores e mobilizando recursos pelos quais se responsabilizará. Através dos impulsos infelizes de nossa alma, muitas vezes descemos às desvairadas vibrações da cólera ou do vício.

— E, de semelhante posição, é fácil cairmos no enredado poço do crime, em cujas furnas nos ligamos, de imediato, a certas mentes estagnadas na ignorância, que se fazem instrumentos de nossas baixas idealizações ou das quais nos tornamos deploráveis joguetes na sombra – adverte o mentor.

Todo pensamento traz responsabilidade.

Como é possível verificar, a responsabilidade individual é inerente à liberdade. Ou seja, podemos pensar o que quisermos, mas as consequências pelos nossos pensamentos recaem sobre nós. Como diz o Ministro Clarêncio:

— Todas as nossas aspirações movimentam energias para o bem ou para o mal. Por isso mesmo, a direção delas permanece afeta à nossa responsabilidade.

— Analisemos com cuidado a nossa escolha, em qualquer problema ou situação do caminho que nos é dado percorrer, porquanto o nosso pensamento voará, diante de nós, atraindo e formando a realização que nos propomos atingir.

— E, em qualquer setor da existência, a vida responde, segundo a nossa solicitação. Seremos devedores dela pelo que houvermos recebido.

Em seguida, o orientador, referindo-se à existência do mal, diz que ele é tolerado pela Sabedoria Divina.

— Estejamos convictos, porém, de que o mal é sempre um círculo fechado sobre si mesmo, guardando temporariamente aqueles que o criaram, qual se fora um quisto de curta ou longa duração, a dissolver-se, por fim, no bem infinito, à medida que se reeducam as Inteligências que a ele se aglutinam e afeiçoam.

— O Senhor tolera a desarmonia, a fim de que por intermédio dela mesma se efetue o reajustamento moral dos espíritos que a sustentam, de vez que o mal reage sobre aqueles que o praticam, auxiliando-os a compreender a excelência e a imortalidade do bem, que é o inamovível fundamento da Lei.

Nós somos senhores de nossas criações.

Finalizando, em seguida, o Ministro Clarêncio adverte:

— Todos somos senhores de nossas criações e, ao mesmo tempo, delas escravos infortunados ou felizes tutelados. Pedimos e obtemos, mas pagaremos por todas as aquisições. A responsabilidade é princípio divino a que ninguém poderá fugir.

Dessa forma, fica claro que exercer domínio sobre os nossos pensamentos, gerenciar as nossas palavras e as nossas emoções são atitudes que definem o nosso futuro.

Deus nos concedeu o livre-arbítrio, é verdade. Mas daí a considerar que podemos fazer tudo aquilo que queremos, descuidando dos aspectos morais de nossas atitudes, constitui um grave equívoco.

Como tão bem explicou o mentor espiritual, da responsabilidade por seus atos ninguém pode se eximir. Portanto, um bom uso dessa liberdade de escolha é procurar pensar e agir dentro dos preceitos morais. E para tanto, basta valer-nos dos ensinamentos trazidos por Jesus e por outros grandes mestres.

Noemi C. Carvalho

1 – André Luiz em “Entre a Terra e o Céu”, psicografado por Chico Xavier

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