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Ao prestar auxílio moral, até onde podemos ir

auxílio moral

O auxílio fraterno pode ser prestado de várias maneiras.

Uma das formas de praticar o bem é ajudar os nossos semelhantes. E isso pode ser feito de várias formas, entre as quais podemos citar o auxílio financeiro, o emocional e o moral.

Podemos, por exemplo, prestar o auxílio financeiro, por empréstimo ou doação, seja de recursos financeiros, alimentos ou vestimentas. Um outro tipo de ajuda, que podemos chamar de auxílio emocional, é quando permitimos que um coração agoniado alivie a pressão. Ouvimos, mostrando atenção, compreensão e sem julgamentos, para que o desabafo traga um conforto, ainda que momentâneo.

Além disso, temos também aquele que Emmanuel¹ chama de auxílio moral. Ele ocorre quando acreditamos que alguém está seguindo por um caminho que não nos parece bom, fazendo escolhas que não vão trazer um bom resultado para a sua vida.

Mas nem sempre a boa vontade produz resultados e, como diz o benfeitor espiritual, “em muitas circunstâncias, afligimo-nos ante a impossibilidade de alterar o pensamento ou o rumo das pessoas queridas.

Às vezes, a criatura em causa é alguém que nos mereceu longo tempo de convivência e carinho; noutros lances da vida, é pessoa que se nos erigia na estrada em baliza de luz.

Tudo o que era harmonia passa ao domínio das contradições aparentes, e tudo aquilo que se nos figurava tarefa triunfante, nos oferece a impressão de trabalho deteriorado voltando à estaca zero.”

A nossa parte e a parte de Deus.

Emmanuel esclarece que todos nós temos uma parte que nos toca no que se refere à edificação espiritual uns dos outros. Entretanto, precisamos compreender que existe um limite para a nossa atuação, depois do qual vem a parte de Deus.

Dando um exemplo que facilite a compreensão desses limites, o mentor espiritual compara com o trabalho executado no plantio agrícola. O lavrador cuida das condições da terra e a prepara para receber as sementes, mas ele não consegue colocar o embrião para que elas germinem. Da mesma forma, ele protege a árvore, faz a manutenção com as podas, mas não pode lhe fornecer a seiva.

“Assim”, continua Emmanuel, “ocorre igualmente conosco, nas linhas da existência. Cada qual de nós pode ofertar a outrem apenas a colaboração de que é capaz.

Além dela, surge a zona íntima de cada um, na qual opera a Divina Providência, através de processos inesperados e, muitas vezes, francamente inacessíveis ao nosso estreito entendimento.”

A oração silenciosa também é uma forma de auxílio moral.

Existem, certamente, os casos em que prevemos complicações na estrada daqueles a quem tentamos ajudar. Mas percebemos que a nossa ação chegou ao limite de atuação que nos compete, de modo a não exercer uma interferência indevida nas escolhas pessoais para a vida.

Diante dessas situações, orienta Emmanuel, “o melhor e mais eficiente auxílio moral com que possamos socorrê-los será sempre o ato de estender-lhes a bênção da oração silenciosa, para que aceitem, onde se colocaram, o Amparo Divino que nunca falha.”

É sempre importante lembrarmos, nas situações alheias que nos afligem, que os processos de sofrimento são consequências da lei de causa e efeito. Assim, todas as ações pretéritas tendem ao equilíbrio da balança moral da vida.

Por isso o bem praticado se renova em bênçãos e novas oportunidades de continuar na prática do bem. Por outro lado, o mal praticado, as atitudes movidas pelo egoísmo e pela inveja, vão pedir o seu quinhão de reparação para que a balança da vida retome o seu equilíbrio.

Como explica Emmanuel, sejam quais forem os problemas alheios que presenciemos, “guardemos a própria serenidade e cumpramos para com eles a parte de serviço e devotamento que lhes devemos, depois da qual é forçoso nos decidamos a entregá-los à oficina da vida, em cujas engrenagens e experiências recolherão, tanto quanto nós todos temos recebido, a parte oculta do Amor e da assistência de Deus.”

Noemi C. Carvalho

Referência

1 – Emmanuel, no livro “Alma e Coração”, psicografado por Chico Xavier

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