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Como a reencarnação repara erros de vidas passadas

Como os erros de vidas passadas interferem na existência atual.

Os fatos que acontecem em uma existência muitas vezes têm ligação com ações cometidas em uma existência anterior. A reencarnação, certamente, é uma oportunidade de aprendizado para a evolução moral e espiritual. Mas também é um ajuste de contas, quando o espírito repara os erros que cometeu em vidas passadas.

A tendência natural do Espírito é o seu aprimoramento para conseguir, assim, consolidar o caminho evolutivo. Com a evolução moral, ele se aproxima cada vez mais da pureza e da nobreza de sentimentos e de atitudes. E, como resultado, fica também cada vez mais perto da felicidade e da serenidade duradouras.

Muitas vezes ficamos surpresos, ou até chocados, principalmente quando vidas ainda no auge da juventude são interrompidas.

Mas a reencarnação, além de ser uma escola para desenvolvermos as qualidades e as virtudes para o nosso espírito eterno, também é o instrumento para saldarmos os nossos débitos.

Para que isso se concretize, geralmente sofremos a mesma dor que levamos a outros, consequências das ações indevidas que praticamos.

Essa situação é bem ilustrada neste conto de Hilário Silva, que você pode ler em seguida, onde ele nos ajuda a compreender o porquê das provas que enfrentamos na existência terrena.

Uma ação cometida em 1857.

“Noite de 2 de dezembro de 1857.

Em homenagem ao imperador D. Pedro II, que completa 32 anos de idade, há beija-mão no Paço Imperial do Rio de Janeiro. Não somente isso. Há festas públicas, bailes, cantarolas na rua, girândolas no ar.

Em humilde residência suburbana, João Ferreira de Sousa, comerciante de joias, largamente conhecido pela honestidade ilibada, esperava Maria Amélia, a filha única.

Viúvo, desde muito, consagrara-se a ela. Era-lhe a jovem toda a esperança da vida.

Onze da noite. Inquieto, escuta vozes no jardim. Sai pela porta dos fundos. Aproxima-se, sorrateiro, e ainda percebe o par em doce adeus. Um homem que ele desconhece beija-lhe a filha, e parte apressado.

João apalpa os bolsos, rilhando os dentes, colérico, mas vê-se desarmado. Abeira-se da moça que volta do baile, e internam-se, os dois, na casa em que são eles os únicos moradores.

Depois de perguntas ásperas, ouve a menina, que fala em pranto:

– Papai não me queira mal… Perdoe-me… Aguardo um filhinho, mas espero casar-me… Antônio, o rapaz que escolhi, é pobre, muito pobre, mas tudo melhorará… Ajude-nos, papai, pelo amor de Deus!

O comerciante, agora silencioso, visita o interior doméstico e volta à presença da filha, estendendo-lhe um copo com líquido indefinível.

– É calmante – diz ele, tome e descanse. Amanhã conversaremos.

A moça obedece e, logo após, sente, em dores indescritíveis, o choque da morte. Sorvera arsênico em grande dose.

No dia seguinte, a versão paterna estava aceita. Todos acreditaram tratar-se de suicídio.

Muito tempo depois, João Ferreira de Sousa desencarnou, com o título de “bom homem”.

Um século depois…

Noite de 2 de dezembro de 1957.

João Ferreira de Souza, noutro corpo de carne, está jovem, numa festa íntima, na casa em que nasceu, em grande arrabalde do Rio.

Consagrado à afeição de moça humilde, afasta-se do sarau, rumo ao jardim, onde com ela se encontra, em transporte afetivo.

O pai, que não lhe apoia a pretensão, segue-lhe os passos. E quando o filho se despede da menina, enternecidamente, interpela-o de chofre. A advertência é clara e incisiva. Mas o jovem, acabrunhado, logo explica:

– Papai, não me queira mal… Perdoe-me… Aguardo um filhinho, mas espero casar-me… Lenita, a moça que escolhi, é pobre, muito pobre, mas tudo melhorará… Ajude-nos, papai, pelo amor de Deus!

Sensibilizado, afasta-se o genitor em silêncio.

O moço, porém, está nervoso, inquieto. Pesa-lhe a cabeça, arde-lhe o estômago. Busca o interior doméstico, à procura de um antiácido. Na pequena farmácia caseira, toma um vidro e verte o conteúdo na taça com água, bebendo o líquido.

E, em seguida, cai gemendo com dores lancinantes, para receber a morte logo após. Crendo valer-se de sal medicamentoso, ingerira arsênico, em grande dose.

E o próprio pai, afagando-lhe em lágrimas o corpo inerte, acreditou tratar-se de suicídio.”

Hilário Silva, em “A Vida Escreve “, psicografado por Chico Xavier e Waldo Vieira

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