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Um inspirado e Divino desejo de amor

reprodução do afresco da capela sistina criação de adão divino desejo de amor

Será a vida a realização de um Divino desejo de amor?

Ao ouvir o poeta que viu o futuro repetir o passado, percebi que um museu de grandes novidades fez morada na minha mente, repetindo um mesmo conjunto de pensamentos que, similar aos códigos que criam rotinas de programação nos computadores, nos faz continuamente reviver mais do mesmo. Mas de onde veio a ideia de que nossa vida é fruto de um inspirado e Divino desejo de amor?

Afinal, de que é feita a nossa vida?

Momentos. São tantos instantes a se produzirem no cotidiano dia a dia que mal percebemos a consciência alienada rodar o mesmo programa de sempre.

Olhando o que passou, vem a preocupação de que temos poucos dias pela frente. E muitas lembranças passadas, pesadas, doídas, que saltam e revelam uma vida vivida diferente, bem diferente, da percepção atormentada que encena ilusões.

Se nos deixarmos levar pela tristeza resultante dos mínimos minutos em que esse turbilhão por vezes gira em nós, certamente afundaremos em angústias, mágoas e arrependimentos.

O arrependimento sempre sugere uma desistência com o intuito de negar algo do passado, e traz um lamento que faz vibrar o pesar interior a envolver-nos com as capas da culpa, clamando por repreensões e castigos.

A cruel matemática que divide a vida.

Nossa! Como isso nos tira a força do andar e torna a jornada penosa e sem sentido…

Repare bem como isso funciona: pensamos em fazer algo, estudamos, analisamos, ponderamos, planejamos e agimos.

Aí, de repente, não dá certo. Então o erro é valorizado, como uma estratégia para marcar os sentidos pela dor, para se obter melhor desempenho em ações futuras. Certo?

Errado. Mas, por favor, não se culpe e nem se condene, apenas perceba que fomos criados respondendo a estímulos que compensam o máximo desempenho através de notas, prêmios, troféus, homenagens.

É preciso pensar que quando temos um vencedor, automaticamente são gerados inúmeros perdedores. Estes podem seguir vida a frente sem entender o que fizeram de errado, e nem tampouco como podem aprender a fazer o certo sem que haja dor, culpa e vergonha no processo de aprendizagem.

A fôrma que nos molda e nos tolhe.

E assim o mundo foi criado. Nós criamos esse sistema em que a competição é incentivada para que se possa espremer o máximo de todos os alguéns que, de alguma forma, possam nos favorecer, seja pelo trabalho, pela consideração, pelo afeto ou por uma diversidade de motivos que sejamos capazes de inventar.

Por isso vemos se acumularem, pelos cantos todos desse imenso mundo, inúmeros alguéns adestrados e formados na arte de permanecerem na área sob a curva normal do gráfico de comportamentos.

Quando pensamos em formar alguém, sempre me vem a ideia de forçar uma pessoa dentro de uma fôrma que a molde dentro de um espectro desejável de comportamento.

Lembra do conjunto de pensamentos semelhantes a códigos de programação de computadores que falamos lá em cima? É isso mesmo, são eles que, ao longo da existência, vão formatando as crenças implantadas em todos nós, que nos fazem ser o que não somos.

Por quê?

Você tem alguma ideia de quem você é? De onde veio, o que deve fazer e para onde vai?

Os filósofos e pensadores, desde a mais antiga Grécia, nos respondem que para isso é preciso nos conhecermos a nós mesmos.

Pois se acreditamos que uma força maior nos criou, não importa o nome, título ou CPF com que nos caracterizamos. Teríamos, ao menos, que considerar que sua criação predileta, a sua imagem e semelhança, seja ao menos perfectível, ou seja, tenha a capacidade de se desenvolver e de se aprimorar.

E desse Divino desejo de existir de uma forma bela, amorosa, criativa, exuberante, ele criou cada um de nós.

Imagine a infinitude do espaço com os milhões de sistemas planetários: sóis, estrelas, planetas. Atente, em seguida, para as leis cósmicas que harmoniosamente regem tudo isso, e concentre-se agora no que conhecemos, o planeta Terra: as florestas, os oceanos, as criaturas todas.

Veja, então, como “a inteligência Suprema do Universo e causa primária de todas as coisas” é criativa, exuberante e perfeita, e nada menos que a perfeição pode ser fruto dela.

E então, o divino desejo de amor se realizou.

Eu gosto de acreditar que essa “inteligência Suprema” teve um instante inspirado e amoroso. Foi então que almejou experimentar toda a sua criação de uma forma total e completamente diferente de tudo que já havia criado. E assim, desse Divino desejo de existir de uma forma bela, amorosa, criativa, exuberante, ele criou cada um de nós.

Pense como é bom sabermos que somos frutos de um Divino e belo desejo de amor, da Sagrada vontade de viver fora de fôrmas. E então reconhecermos essa vontade Divina como a essência do que somos. Para que, de forma reverente e santa, possamos expressar todas as virtudes, qualidades e habilidades únicas na realização do milagre da vida.

Conheça-te a ti mesmo, e assim verás a imagem e semelhança que nos une e nos salva de não sermos o que não somos.

José Batista de Carvalho

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