
O amor e a inspiração celeste orientavam os trabalhos do Dr. Bezerra.
Para prestar o melhor auxílio aos necessitados, é preciso, sem dúvida, de compaixão e de um coração amoroso. E era assim que o Dr. Bezerra de Menezes ajudava a cada um da maneira que mais lhe traria proveito, dependendo do tratamento que cada um precisava.
E tanto na assistência às pessoas sofredoras que o procuravam, bem como no auxílio aos Espíritos necessitados, o Dr. Bezerra atendia a todos de acordo com as suas necessidades particulares, e de forma que algum bem lhes fizesse.
Leia, em seguida, esta história que Ramiro Gama conta sobre um acontecimento numa sessão de trabalhos do Grupo Ismael.
Dr. Bezerra dá um susto no Espírito zombeteiro.
“Presidindo às Sessões do Grupo Ismael, com amor e assiduidade, com a força moral de seu Espirito ligado, totalmente, a Jesus, sabia Bezerra de Menezes sair-se das situações mais delicadas.
Espíritos rebeldes, travessos, brincalhões, incorporavam-se nos médiuns e experimentavam a paciência e a potencialidade de fé do Presidente do Grupo.
Numa delas, aparece um Espírito insensível às mais sentidas admoestações.
Em dado momento, o bom velhinho lhe diz séria e amorosamente:
— Você precisa é de prisão e não de conselhos.
E, virando-se para os companheiros, em redor da mesa, em concentração, diz:
— Chamem a Polícia…
Imediatamente, o Espírito zombeteiro, assustado, largou o médium e partiu.
O tratamento do Dr. Bezerra era diferente, de acordo com o que cada um precisava.
Imediatamente, também, pelo mesmo médium, apareceu outro Espírito e, encarando bem de frente o Presidente do Grupo, desafia-o:
— Chame, então, para mim a Polícia, e prenda-me… Vamos…
Bezerra, sem perder a serenidade e como que esperando aquele desfecho, responde-lhe com brandura:
— Aquele, que o antecedeu, precisava de prisão, de um corretivo policial, mas você, meu filho, precisa de Prece e de Amor!
E, levantando seu Pensamento para o Alto, ora sentidamente com os companheiros, a favor do Espírito desafiador que, recebendo algo intraduzível, vindo da Espiritualidade, chora e, arrependido, despede-se:
— Deus lhe pague, bom Irmão! Ganhei algo de que precisava: Prece e Amor!
E partiu como quem ganhara um Presente do Céu! Aquele Trabalho do Senhor alcançara outros Espíritos assim necessitados. E todos se banharam na Luz do Amor que ama!”
Ramiro Gama, em “Lindos Casos de Bezerra de Menezes”