
Nenhum assunto é mais importante do que conhecer você mesmo.
Quantas vezes ficamos procurando em nosso íntimo alguma pista que revele o sentido de nossa vida, para que estamos aqui, o que fazer para se sentir bem?
Desde algum tempo que escuto que, se você trabalhar fazendo o que gosta, você vai ver, nem vai parecer trabalho.
Voltamos, então, ao início: qual o sentido para me levantar da cama todos os dias e, ao fim deles, ter disposição de pôr a cabeça no travesseiro, com a mente acalentando pensamentos desejosos de logo acordar para vibrar com o dia que virá?
Pode parecer algo sem importância, uma frescura filosófica frente a uma realidade cruel de uma sociedade doente vivendo em um mundo agonizante.
Falo isso porque em todas as vezes que a melancolia me assaltava os sentidos, eu iniciava o questionamento sobre o sentido da vida. E então, ao desenvolver o assunto, logo as carências do mundo vinham para me afastar dessa conversa. Afinal, quem sou eu para ficar perdendo tempo com essa história frente ao caos mundial?
Ao longo do tempo – é para isso que serve a maturidade – percebi que a desculpa de que os assuntos exteriores eram mais importantes era, na verdade, uma forma de jogar um manto justificável para assim evitar um aprofundamento em meu íntimo.
O milenar enigma existencial.
Quem sou eu? De onde vim? Para que estou aqui? Para onde vou?
Estas não são apenas perguntas, são enigmas existenciais milenares e são a base para que possamos identificar o sentido da vida.
Pois eles nos jogam em um verdadeiro mergulho interior onde, através do autoconhecimento, mais do que sabermos qual o nosso sentido de vida, vão nos revelar quem em verdade somos nós.
Existe, sem dúvida, muita gente que acha desnecessário realizar algum trabalho de autoestima, e geralmente argumentam que precisamos aprender coisas mais práticas, que nos ajudem logo.
Mas o que eles não percebem é que, em algum momento da existência, esse mergulho vai ser feito. E geralmente, quando damos de ombros para ele, a vida vem e bate de frente, revelando os aspectos não conhecidos que atraíram as dificuldades e os acidentes.
Como podemos mudar o destino.
A verdadeira vida só é possível quando expressamos a integridade de nosso ser, aquele da primeira questão fundamental: afinal, quem sou eu?
Essa resposta só nós mesmos podemos dar. Mas para isso é preciso não ter medo de mergulhar na escuridão que ainda existe dentro de nós e na qual necessitamos lançar luzes, para poder encarar a realidade.
Talvez não sejamos tão bons como imaginávamos ou mesmo queríamos. Talvez estejamos disfarçando, nos fazendo de felizes. E, provavelmente, nem mesmo percebemos que a felicidade está dentro de nós, perto do centro de nossa existência: “o eu que sou eu mesmo”, a parte Divina da existência.
Assim começamos a mudar aquilo que conhecemos como destino, mas primeiro precisamos ter consciência que o verdadeiro nome do destino é “consequências”.
Não acontece nada em nossa vida, não atraímos ninguém que não seja uma resposta a alguma atitude nossa. Pois tudo o que fazemos move incríveis e invisíveis forças que engendram os acontecimentos e trazem as pessoas que se afinizam com as energias que movimentaram nossas ações.
Eu posso.
Sigamos confiantes. Não vamos relegar para o começo da semana, do mês, do ano… Porque fazendo assim, é melhor estarmos preparados para as consequências que, como as ondas do mar, sempre chegam à praia.
Vamos entronizar o compromisso de seguir adiante, de começarmos a retirar todas as máscaras que construímos em nossa vivência como forma de proteção, mas que só nos desfiguraram, de maneira a nem nós mesmos nos reconhecermos.
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Eu posso, você também pode, todos nós podemos, é só mentalizarmos : “Eu Posso”.
E chova ou faça sol, quer tenhamos momentos difíceis ou experimentemos a alegria, quer venham pesadelos e também belos sonhos, continuaremos com a certeza que podemos.
Assim fazendo, a espiritualidade nos acompanhará dando força e proteção, trazendo a inspiração que vai no orientarão.
Nós somos Luz, viemos da Luz. E aqui estamos para, em meio à escuridão, nos descobrirmos Luz, pois para a Luz retornaremos.
José Batista de Carvalho
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