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A escolha entre o que a sociedade impõe e o que nós somos

o que nós somos

As escolhas ao participar do jogo social.

Certamente precisamos fazer uma clara diferenciação entre o que a sociedade impõe, as aparências, e a verdade daquilo que nós somos, a existência.

O ser humano desprovido de um bom equilíbrio psicológico certamente sofrerá sérias complicações em decorrência dos grandes distúrbios que, na atualidade, estão convulsionando a nossa sociedade.

De forma insidiosa, sistemáticas investidas cercam os indivíduos com o objetivo de ferir as suas emoções, afetando as estruturas psíquicas e impondo, assim, um modelo de comportamento que garanta o controle e o domínio dos grupos sociais.

Ao analisarmos as pessoas, considerando-as como seres autônomos e únicos, veremos que não é possível defini-las pelas aparências. E, assim perceberemos que por traz das idealizações projetadas pelo consumismo e pelo materialismo encontraremos um ser lutando contra a superficialidade das imposições do sistema.

No jogo social percebemos, de fato, que existem duas possibilidades nas relações. Ou se concorda hipocritamente com as opiniões majoritárias ditadas por aqueles que detêm o poder e o controle para ser aceito e merecer acolhida e reconhecimento. Ou então se é verdadeiro, respeitando a si próprio em suas convicções, correndo assim o risco de ser malvisto e não aceito no grupo.

Expor a verdade é expor a própria alma.

Quando nós temos ocasião de dizer o que pensamos, muitas vezes assumimos posições contrárias ao comportamento do mundo.

Em nossa atualidade algo vem acontecendo e não estamos atentos para isso: a perda do “Si”, do “eu-sou”, o “Si” profundo, o “Eu transcendente”, o “Self”.

Mais do que nunca, sem dúvida necessitamos estar atentos e meditar sobre a questão de não sermos aquilo que vestimos, possuímos ou o que projetamos dentro dos códigos estabelecidos por uma sociedade consumista sempre havida em renovar os vazios padrões de representatividade.

Devemos estar precavidos e entender que a maior causa da insegurança, da ansiedade e da depressão nasce do medo subconsciente que desperta com a sensação da perda de identidade.

Vivemos sob a programação de uma sociedade que fabrica personas. As falsas identidades elaboradas com o intuito de vestir aqueles indivíduos que se perdem nos conflitos da modernidade, induzindo-os na alucinação coletiva que domina a humanidade.

Constatamos inúmeros seguidores desse estado alucinatório diariamente entregando-se aos caprichos da moda e dos costumes. Tentam, assim, incorporar uma identidade através dos modelos projetados para emular uma sensação de inclusão e valorização que venha a sublimar os anseios da alma abandonada.

Assim, uma série de tratamentos, procedimentos estéticos, operações plásticas, harmonizações e exercícios são receitados e praticados. Eles visam para promover alterações no próprio corpo, para materializar a alucinação de poder alterar tudo conforme a vontade do ego.

Roteiro para a paz.

Vivemos uma histeria onde os conflitos pessoais, ao invés de serem compreendidos, aceitos e superados, são sublimados artificialmente para sufocar a real missão de quem aqui está vivendo.

Neste mundo, que ainda é de provas e expiações, vivemos um momento em que o avanço tecnológico oferece inúmeras formas de criar oportunidades para gerar as ilusões que estão nos afastando da realidade. E nesta ilha da fantasia, onde muitas vezes aceitamos desembarcar, deixamos para trás, no falso esquecimento, as tarefas que nos trouxeram a encarnar na atualidade.

Observamos muitas pessoas que estão vivendo nesta difusa ilusão. Dessa forma, elas postergam as oportunidades para a remissão de antigos erros e a possibilidade de progresso e de evolução.

Estamos nos abandonando neste triste teatro de ilusões e enganos, abrindo mão de nossa verdadeira essência, do nosso Eu Superior, o nosso self. Abrindo mão da nossa abençoada individualidade, para seguirmos na procissão das pessoas padrão.

Nessa viagem sem destino, o ego perdeu o sentido do “Si”, do Self.

Ao nos distanciarmos de nossa essência, da nossa verdadeira identidade, mergulhamos nas trevas da tristeza, no deserto da solidão e nos tormentos da depressão. E passamos, então, a viver da forma que os outros querem que vivamos: uma vida sem sentido, sem alegria, sem alma.

O resgate da alma, a valorização do que nós somos.

Precisamos não esmorecer, e sair em busca de nossa essência, da nossa alma, valorizar o que nós somos.

Não somos a roupa que estamos vestindo, não nos medimos pelas posses da matéria. Nós somos espíritos em uma marcha de grandes conquistas.

Sinta a maravilha dessa verdade. Somos mais do que aparentamos. Nós somos verdadeiros tesouros temporariamente escondidos. Por isso, não precisamos seguir nem imitar nada nem ninguém. Ousemos, portanto, empreender um mergulho interior e encontrar o nosso Deus interno. 

Ao nos identificarmos com a nossa verdade, veremos que somos seres imortais desfilando na eternidade em busca da lapidação e da evolução.

Nesta época repleta de desafios, procuremos perseverar na busca de, a cada instante, sermos mais solidários, fraternos e conscientes de nossa origem Divina e da glória do destino a que estamos fadados.

Trabalhemos para que as máscaras caiam e todos nos reconheçamos como irmãos que somos. Busquemos a paz com todos e, fundamentalmente, a paz interior, a paz da nossa consciência.

José Batista de Carvalho

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