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Burnout: o que você precisa saber

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Conheça a Síndrome de Burnout, agora classificada pela OMS.

Burnout, na expressão popular inglesa (“burn out”) , se refere ao que deixou de funcionar por absoluta falta de energia. É caracterizada pela exaustão física e mental do colaborador, devido à grande e constante exposição ao stress.

O esgotamento profissional foi cunhado com o termo “Burnout”, nos anos 80, por Herbert J. Freudenberger (1926 – 1999), psicólogo estadunidense nascido em Frankfurt, na Alemanha. Foi um dos primeiros a descobrir os sintomas de esgotamento profissional e levar a cabo um amplo estudo sobre a Síndrome de Burnout, após constatá-la em si mesmo, no início dos anos 1970.

O termo Burnout era em geral usado para expressar uma exaustão emocional gradual, um cinismo e uma ausência de comprometimento experimentado em função das altas demandas de trabalho e baixo reconhecimento dos serviços prestados, vivendo, portanto uma sensação de fracasso profissional, levando a questionar sua competência.

Foi definido por Freudenberger como “(…) um estado de esgotamento físico e mental cuja causa está intimamente ligada à vida profissional.”

A nova Classificação Internacional de Doenças (CID) feita pela Organização Mundial da Saúde (OMS) incluiu a Síndrome de Burnout como um fenômeno ocupacional, diferente da depressão ou da ansiedade. A nova categorização entra em vigor apenas em 2022, mas serve como um alerta para a relação entre saúde mental e trabalho.

Não é classificada como uma condição de saúde. É descrita no capítulo “Fatores que influenciam o estado de saúde ou o contato com os serviços de saúde”, que inclui razões pelas quais as pessoas entram em contato com serviços de saúde, mas que não são classificadas como doenças ou condições de saúde.

O que é Síndrome de Burnout?

Síndrome de Burnout ou Síndrome do Esgotamento Profissional é um distúrbio emocional com sintomas de exaustão extrema, estresse e esgotamento físico resultante de situações de trabalho desgastante, que demandam muita competitividade ou responsabilidade.

A definição de Burnout na CID-11 (OMS) é: “Burnout é uma síndrome conceituada como resultante do estresse crônico no local de trabalho que não foi gerenciado com sucesso. É caracterizada por três dimensões:

• sentimentos de exaustão ou esgotamento de energia;
• aumento do distanciamento mental do próprio trabalho, ou sentimentos de negativismo ou cinismo relacionados ao próprio trabalho; e
• redução da eficácia profissional.

O portador de Burnout mede a autoestima pela capacidade de realização e sucesso. O que tem início com satisfação e prazer termina quando esse desempenho não é reconhecido. É o desejo constante de ser o melhor e sempre demonstrar alto grau de desempenho.

Nesse estágio, a necessidade de se afirmar e o desejo de realização se transformam em obstinação e compulsão; o paciente nesta busca sofre, além de problemas de ordem psicológica, forte desgaste físico, gerando fadiga e exaustão.

A principal causa da doença é o excesso de trabalho. Esta síndrome é comum em profissionais que atuam diariamente sob pressão e com responsabilidades constantes.

Quais as áreas de atividade mais propensas a causar Burnout?

As atividades com altos níveis de estresse podem ser mais propensas a causar Burnout do que trabalhos em níveis normais de estresse ou esforço. Entre estas, podem se citadas:

  • profissionais de TI
  • gerentes de projetos
  • pilotos
  • controladores de tráfego aéreo
  • taxistas
  • membros da área de segurança pública
  • membros da área de saúde
  • membros da área de educação
  • membros do setor bancário
  • engenheiros
  • cientistas
  • jornalistas
  • advogados
  • músicos
  • artistas

Até mesmo voluntários, parecem ter mais tendência ao Burnout do que outros profissionais. Os estudantes são também propensos a apresentar essa síndrome nos anos finais da escolarização básica (ensino médio) e do ensino superior; curiosamente, este não é um tipo de Burnout relacionado com o trabalho, mas com o estudo intenso continuado com privação do lazer e de atividades lúdicas.

Burnout atinge principalmente indivíduos com tendência a dominar e controlar todas as situações, e mulheres que possuem dupla jornada, tendo que conciliar a vida profissional e familiar, principalmente as que não possuem parceiro conjugal estável. Pessoas que possuam um índice de idealismo muito forte e uma sobrecarga no trabalho também podem ser vítimas dessa síndrome.

Essa síndrome pode resultar em estado de depressão profunda e por isso é essencial procurar apoio profissional no surgimento dos primeiros sintomas.

Quais são os principais sintomas?

O professor de Psicologia do comportamento Manfred Schedlowski, do Instituto Superior de Tecnologia de Zurique (ETH), registra o crescimento de ocorrência de Burnout em ambientes profissionais, apesar da dificuldade de diferenciar a síndrome de outros males, pois ela se manifesta de forma muito variada, sendo que já foram descritos mais de 130 sintomas do esgotamento profissional.

Alguns dos principais sintomas incluem:

  • Cansaço excessivo, físico e mental
  • Dificuldade de concentração
  • Oscilações de humor
  • Dor de cabeça frequente
  • Tonturas
  • Tremores
  • Muita falta de ar
  • Alterações no apetite
  • Insônia
  • Dificuldades de concentração
  • Sentimentos de fracasso e insegurança
  • Negatividade constante
  • Sentimentos de derrota e desesperança
  • Sentimentos de incompetência
  • Alterações repentinas de humor
  • Isolamento
  • Fadiga
  • Pressão alta
  • Dores musculares
  • Problemas gastrointestinais
  • Alteração nos batimentos cardíacos

Normalmente esses sintomas surgem de forma leve, mas tendem a piorar com o passar dos dias. Por essa razão, muitas pessoas acham que pode ser algo passageiro.

Para evitar problemas mais sérios e complicações da doença, é fundamental buscar apoio profissional assim que notar qualquer sinal. Pode ser algo passageiro, como pode ser o início da Síndrome de Burnout.

Como é o diagnóstico dessa síndrome?

O diagnóstico da Síndrome de Burnout é feito por psiquiatraspsicólogos. São os profissionais de saúde indicados para identificar o problema e orientar a melhor forma do tratamento, conforme cada caso.

Muitas pessoas não buscam ajuda médica por não saberem ou não conseguirem identificar todos os sintomas, por isso muitas vezes acabam negligenciando a situação sem saber que algo mais sério pode estar acontecendo.

Amigos próximos e familiares podem ser bons pilares no início, ajudando a pessoa a reconhecer sinais de que precisa de ajuda.

No âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), a Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) está apta a oferecer, de forma integral e gratuita, todo tratamento, desde o diagnóstico até o tratamento medicamentoso.

Os Centros de Atenção Psicossocial, um dos serviços que compõe a RAPS, são os locais mais indicados.

Qual é a melhor forma para tratar e prevenir?

O tratamento da Síndrome de Burnout é feito basicamente com psicoterapia, e pode envolver medicamentos, sempre com recomendação e acompanhamento médico especializado.

Além disso, recomenda-se mudanças nas condições de trabalho e, principalmente, mudanças nos hábitos e estilos de vida para aliviar o estresse, o que também deve ser seguido para prevenção da síndrome. Condutas saudáveis evitam o desenvolvimento da doença, assim como ajudam a tratar sinais e sintomas logo no início:

  • Atividades físicas regulares – academia, caminhada, corrida, bicicleta, natação, etc.
  • Exercícios de relaxamento rotineiros
  • Meditação
  • Orações
  • Leituras edificantes
  • Exercícios respiratórios para relaxamento
  • Defina pequenos objetivos na vida profissional e pessoal
  • Participe de atividades de lazer com amigos e familiares
  • Evite o contato com pessoas negativas, especialmente aquelas que reclamam do trabalho e dos outros
  • Converse com alguém de confiança sobre o que se está sentindo
  • Evite consumo de bebidas alcoólicas, tabaco ou outras drogas, pois pioram a confusão mental
  • Não se automedique nem tome remédios sem prescrição médica
  • Descanse adequadamente, com boa noite de sono (são recomendadas 8hs diárias)

É fundamental manter o equilíbrio entre o trabalho, lazer, família, vida social e atividades físicas

Um breve histórico do ambiente laboral.

Em uma sociedade líquida pós-moderna, segundo Zygmunt Bauman, na qual alguns valores sociais e éticos encontram-se banalizados pela grande maioria, o papel do ser humano resume-se ao trabalho e desenvolvimento de sua carreira profissional.

O conhecimento e a experiência tornam-se descartáveis da noite para o dia, gerando assim uma maior pressão para as pessoas buscarem, incessantemente, a qualificação necessária. Esse tipo de cenário pode gerar o contexto fundamental para o desenvolvimento de Burnout nos mais diversos profissionais.

Ao longo do tempo, a cobrança desmedida pelo desempenho efetivo e eficiente dentro do ambiente profissional, com foco na produtividade, visando o lucro e o acúmulo de capital, ao invés de proporcionar às pessoas a capacidade de ganhar a vida e realizar conquistas significativas, fez com que elas cada vez mais se sacrificassem em prol da empresa, sem haver praticamente nenhum reconhecimento em troca.

Essa conceituação foi sendo substituída pela ideia do Homo Social, em oposição ao Homo Economicus, acreditando-se que as empresas deveriam ter seus funcionários motivados, não apenas como simples recursos, mas sim como pessoas detentoras de necessidades fisiológicas, de segurança, sociais, dentre outras.

Muito se sabe da importância da motivação e descanso dos colaboradores dentro de uma organização. Sua  necessidade dá-se, não apenas para um desenvolvimento sadio do corpo e mente, possibilitando vida social, como também para evitar certos transtornos, muitas vezes causados pelo esgotamento físico e mental, como depressão, insônia, ataques e síndromes como a do pânico e de burnout.

Seguiram-se estudos para a qualidade de vida no trabalho (QVT) com a abordagem biopsicossocial, e atualmente muitas empresas adotam práticas diferenciadas como o trabalho a partir de casa (home office), semana de quatro dias de trabalho, áreas de lazer e descanso, atividades integrativas, abertura para levar animais de estimação (pet friendly).

As principais consequências.

Não se pode dizer que o estresse é apenas maligno, pois dá estímulo ao ser humano a cada vez buscar maior desenvolvimento e superação pessoal. A vida sem estresse seria chata, monótona e sem graça, não haveria desenvolvimento pessoal ou científico. Nada se tornaria atraente ou excitante.

Porém existe um nível em que o estresse deixa de ser saudável e começa a prejudicar o corpo e a mente de uma pessoa, de tal forma, que pode tornar-se irreversível.

As principais consequências do Burnout incluem:

  • diminuição na qualidade do serviço prestado em função do sofrimento psíquico
  • predisposição a acidentes causados por distúrbios da percepção, atenção e concentração
  • apatia, abandono do emprego ou profissão, gerando perdas pessoais, sociais e familiares
  • comprometimento da qualidade de vida do funcionário
  • isolamento no meio familiar e social levando a maiores riscos de divórcio e suicídio

Os diversos estágios.

Em relação à compreensão da real essência de Burnout é necessário compreender o significado das dimensões dos estágios que o compreendem, sendo exaustão emocional, despersonalização e perda de realização pessoal.

A exaustão emocional é caracterizada pelo fato da pessoa se encontrar exaurida, esgotada, sem forças para enfrentar nenhum tipo de projeto. Nestes casos o sujeito se encontra em seu limite, sem expectativa de melhora. A pessoa perde seu sentido existencial e social do trabalho.

No processo de despersonalização, a pessoa passa a adotar atitudes de descrença, distanciamento, frieza em relação aos colegas de trabalho e até mesmo à família, perde sua historicidade individual.

Quando se encontra no estágio de perda de realização pessoal, a pessoa passa a enxerga-se como ineficiente, incapaz e certa de que seu trabalho não faz a menor diferença. Não se trata de uma simples desmotivação, insatisfação ou baixa estima ligada ao trabalho, mas uma profunda descontinuidade que desestabiliza o
conjunto da existência singular.

Cuide sempre da sua saúde.

Quando se fala em Burnout é possível, portanto, perceber que não se trata apenas do estresse, e sim um excesso de estresse que o organismo e a mente não podem aguentar, levando a uma exaustão crônica.

O Burnout tornou-se mais presente com a atual política organizacional, que é voltada para o capital, e não para os colaboradores, e por isso é tão importante sua compreensão.

Uma empresa que desencadeia em seus colaboradores um alto índice de Burnout, não estará perdendo apenas um talento, como também, exaurindo a esperança e possibilidade de aprimorar e reconhecer talentos existentes, ou que já existiram dentro de sua organização.

 

Lembre-se: a Síndrome de Burnout tem tratamento. Se você acreditar que pode ter Burnout, busque ajuda.

 

com informações de WikipediaUnisantos, Ministério da Saúde, Organização Pan-Americana de Saúde

 


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Não fique para trás: o futuro é ser disruptivo

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A sociedade disruptiva e o novo ser.

Vivemos novos tempos. Cada vez mais a velocidade das transformações nos surpreende. Vivemos o início da sociedade disruptiva, um tempo onde temos de ser novos e integrais.

O consenso geral na sociedade moderna em relação à educação e criação das crianças é expor a elas, de acordo com o desenvolvimento, o máximo de conteúdo e conhecimento para que possam estar bem formadas para interagir com a sociedade e seus meios de produção.

Essa postura, louvável e importante, leva a que cresçamos com o sentimento que o mundo exterior, as tarefas, as pessoas com que trabalhamos ou convivemos, na maioria das vezes, sejam prioridades em nossas vidas.

Então pela manhã saímos de casa para estudar, trabalhar, para desempenhar as diversas tarefas e funções que de nós são esperadas. Estudamos para aprender algo, para depois usarmos o conhecimento em nosso trabalho. Trabalhamos para ganhar os recursos necessários para que possamos nos sustentar, e assim conviver com os amigos e família.

Mais ou menos esse é o molde que a cada geração é atualizado para poder agregar mais pessoas, e assim garantir o prosseguimento das nossas sociedades e seus característicos modos de vida.

O tempo de transição é a oportunidade para a adaptação.

Estamos em um momento de transição. Vivemos em meio a uma conjuntura onde os padrões que antes tinham como caminho natural a perspectiva de evolução, hoje sistematicamente estão sendo destruídos para que em seus lugares prevaleça uma abordagem inteiramente nova, sem manter qualquer vínculo com o que antes existia.

Vivemos o nascer da sociedade disruptiva, onde os paradigmas vigentes bruscamente são substituídos por novas e revolucionárias ideias que iniciam a criação de um novo mundo.

O termo “disruptivo” tem origem no inglês, vem do substantivo “disruption”, e significa a ocorrência de um problema inesperado ou algo que interrompe uma ação. No linguajar do atual mundo dos negócios indica uma inovação que cria novos valores, novos mercados, destruindo ideias que pareciam solidamente estabelecidas.

Se apenas com a natural evolução dos modelos e sistemas já vivíamos as crises adaptativas, neste momento, com a radical interrupção desses antigos modelos e sistemas e o surgimento de uma realidade totalmente inédita, os problemas de adaptação serão ainda mais graves.

Na nova sociedade, vai triunfar o pensamento disruptivo.

Fomos criados para olhar para fora, observar a realidade e buscarmos formas de agir nesta realidade. No instante que um dos componentes desse processo deixar de existir da forma que estávamos educados, teremos um grande número de pessoas que não saberão o que fazer.

Este novo fator, vem reforçar a necessidade de criarmos modos de entender e melhor interagir com o nosso mundo interior, o campo de nossas emoções, sensações e sentimentos. Pragmaticamente, estávamos muito voltados para fora, investíamos tempo e recursos para melhor entender o mundo à nossa volta, e relegamos ao abandono o nosso mundo interior.

Descuidamos do fato que um bom conhecimento do mundo interior nos possibilita ter melhores condições e equilíbrio para lidar com a vida e a realidade, e assim estarmos mais preparados para intervir na complexa teia de relações que é o mundo à nossa volta.

O diferencial estará na qualidade do discernimento.

Ao termos domínio e sabermos lidar com as emoções e com os sentimentos, poderemos aproveitar melhor a calma e o equilíbrio que esse conhecimento nos proporciona para buscarmos análises mais profundas e detalhadas, sem incorrer nos problemas que a ansiedade e as preocupações advindas dela possam causar.

Teremos mais discernimento, saberemos os nossos potenciais, a capacidade e também os limites de nossos conhecimento e habilidades, não deixando que falsas e ilusórias autoavaliações possibilitem atitudes impetuosas.

Ao  investir e trabalhar no desenvolvimento de nosso mundo interior, estamos na verdade aperfeiçoando-nos como pessoas, alargando nossa consciência, nos tornando mais lúcidos.

A renovação na sociedade começa com a renovação pessoal.

Mais conscientes, dificilmente seremos vítimas de ilusões.

Teremos mais controle de nossas emoções, não nos deixaremos ser vitimizados por estados de orgulho e vaidade, estaremos mais resistentes às dores da mágoa e dos ressentimentos, e imunes aos percalços que a raiva e a culpa podem implantar.

Esse cuidado é essencial em qualquer tempo e em qualquer lugar.

Com as características que essa nova revolução está implantando na sociedade disruptiva, precisaremos de pessoas que promovam em si o trabalho de renovação plena de seu sistema de crenças, que esmiúcem os conceitos que valorizam e os pensamentos que formam esse conjunto.

E após esse exercício, é necessário que tenham humildade para localizar e rever os conceitos, crenças e pensamentos que foram construídos com base nos antigos paradigmas e, o esforço maior, enfrentar as resistências que surgirão contra as necessárias e drásticas mudanças que devem ser promovidas.

Seja disruptivo, faça a sua diferença.

Marchamos inexoravelmente para o novo. É preciso que os agentes promotores desse novo e admirável mundo iniciem em si a derrubada dos paradigmas erigidos com base na ganância, na mesquinhez, nos valores de competição cheios dos renitentes vícios que acompanham a história da economia e da administração.

É o momento em que se deve aproveitar a transformação para firmarmos os conceitos de sustentabilidade, do respeito pelo ser e seu ambiente de vida. É imperioso que as novas habilidade e competências sejam pensadas e desenvolvidas visando o aproveitamento e a valorização das competências e virtudes das pessoas que integrarão o mercado de trabalho que surge.

Não será possível atentar só para a tecnologia, apenas valorizar os instrumentos de produção. É preciso a consciência que o homem também precisa se desligar do “velho” sistema onde a competição alimentava as relações para que se construam moldes de cooperação e respeito.

Um novo e integral ser que transcende a limitada consciência e integra os valores universais presentes em nossas essências – esse é o homem novo que promoverá a admirável sociedade solidária que está para surgir. Só depende de nós.

José Batista de Carvalho

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Apolo 11: um pequeno passo para um homem, um salto gigante para a humanidade

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A humanidade entra numa nova era

Nas rádios, uma música arrebatava corações e mentes trazendo a promessa-desejo de uma nova era.

“Quando a lua estiver na sétima casa, e Júpiter alinhado com Marte,

Então a paz guiará os planetas, e o Amor comandará as estrelas.”

Era é o amanhecer da Era de Aquário.

Um mundo caótico, cheio de conflitos, repleto de esperança

O mundo parecia estar à beira do abismo. No Vietnã, milhares de pessoas morriam em nome de uma fria guerra que dividia e atemorizava a todos. Nos Estados Unidos, conflitos raciais dividiam uma nação já dividida.

Jovens em todo o mundo buscam um novo e diferente mundo através da música, fazendo brotar, em Woodstock, um festival que em três dias reuniu 400 mil jovens, afirmando a colorida e alegre filosofia hippie que se espalhou pelo mundo. No Brasil, a Jovem Guarda e o Tropicalismo confrontavam o mais severo regime de governo do país.

Eu era uma criança que já ouvia os Beatles e os Rolling Stones e também as notícias que o rádio e a TV traziam para minha casa. E é claro que elas também chegavam através das “bancas de revista… que nos enchia de alegria e preguiça, pois quem lia tanta notícia…”

Em meio a esse turbilhão, um acontecimento superou todas as guerras, conflitos e agitações sociais.

“Houston, a Águia pousou”

Era 20 de julho de 1969. Percorrendo o espaço, os astronautas Neil Armstrong, Buzz Aldrin e Michael Collins.

O mundo olhava para o alto e pela TV acompanhava um evento aguardado há muito tempo. Muitos acreditavam que o mundo iria acabar quando isso acontecesse, para outros aquilo apenas era uma peça de propaganda americana, outros maravilhados pela tecnologia viam a concretização da evolução da humanidade. E havia aqueles que percebiam no fato o início de transformações profundas que iriam ocorrer em função das pesquisas e desenvolvimento daquele programa.

Imperceptível aos olhos, um pequeno objeto a 400 mil quilômetros da Terra, desafiava a imaginação e iniciava sua descida rumo à Lua.

Em sua trajetória descendente, o computador do módulo lunar apresenta problemas, alarmes disparam, os astronautas constatam que o combustível rapidamente se esgota e que haviam passado 6,5 km do local planejado para a alunissagem.

Do comando da missão vem a ordem: “Sinal verde Eagle,  sinal verde para o pouso…”. O sistema funcionava precisamente como previsto. Os alarmes sinalizavam que o computador apresentava sobrecarga: ele realizava tantas tarefas simultâneas e eram tantos e incontáveis os sinais sendo gerados, que mesmo o computador tinha dificuldade de lidar com todos.

Superando todas as dificuldades, inclusive a necessidade de usar os controles manuais para a descida, logo a voz de Neil Armstrong confiante, calma e clara declara: “Houston, aqui é a base da Tranquilidade. A Eagle pousou.”

Poucas horas após a chegada, a cabine do módulo lunar foi despressurizada, os dois astronautas em seus trajes espaciais estavam prontos para sair. A escotilha é aberta, Armstrong desce a escada externa. No pé da escada, ele diz: “Eu vou pisar fora do ML agora”. Virou-se, colocou seu pé na superfície lunar, e transmitiu a memorável frase:

“É um pequeno passo para um homem, um salto gigante para a humanidade”.

Pela primeira vez em sua história, o homem havia pisado um chão que não era sua Terra. Foi difícil dormir naquela noite, depois de ver pegadas humanas marcando o solo lunar. Como poderia o poeta inspirar-se agora, depois de sua musa ter sido desvelada aos olhos todos?

Ainda resta esperança

Passaram-se 50 anos, os corações e mentes envelheceram. O mundo ainda apresenta muitos conflitos e injustiças. Em toda parte vemos povos divididos e em constante disputa.

Que saudade do tempo que música e ciência nos apresentavam esperança e apontavam caminhos para a paz.

Ainda é tempo vamos deixar a luz do Sol entrar e iluminar nossas mentes.

 

José Batista de Carvalho

 

com informações de:

– Moon Shot: The Inside Story of America’s race to the Moon escrito por Donald “Deke” Slayton (Turner Publishing). Copyright International Press Syndicate

 

referências musicais:

– “Aquarius/Let the Sunshine In” – compositores: James Rado, Gerome Ragni e Galt MacDermot

– Alegria, Alegria – Compositor: Caetano Emmanuel Viana Teles Veloso –  © Warner/Chappell Music, Inc

A ternura também atrai boas energias

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Os vários tipos de relacionamentos que temos em nossa vida.

Quando se ouve a palavra “relacionamento”, geralmente pensamos com mais especificidade num relacionamento amoroso. Mas a ternura – entendida como o respeito, a compreensão e a cordialidade – deveria estar presente em todos os nossos relacionamentos cotidianos.

Afinal, relacionar-se é a atitude diária que temos com as pessoas com as quais convivemos, seja na vida pessoal ou profissional. Dizemos, então, que temos um bom relacionamento com alguém quando nos sentimos bem na presença e no trato com essa pessoa.

Essa qualidade que atribuímos ao relacionamento depende, acima de tudo, da forma como nos tratamos e comunicamos mutuamente.

Ou seja, quanto maior a cordialidade, a confiança, o respeito, a afinidade, a concordância de opiniões, maior qualidade tem o relacionamento. E não importa se se trata de uma relação afetiva – como numa amizade, entre um casal, na família – ou se é uma relação no âmbito de estudo ou de trabalho.

Cada um de nós, sem dúvida, tem características individuais de personalidade e temperamento. Assim, por exemplo, alguns são mais extrovertidos, outros nem tanto; alguns têm a palavra mais fácil, outros são mais calados; tem os que expressam as suas emoções efusivamente, enquanto outros são mais reservados.

Sem falar nos dias bons e nos dias ruins, que todos nós temos.

Por isso, é sempre interessante não julgarmos a pessoa caso a mesma são se mostre exatamente simpática, mas sim tomarmos a iniciativa de sermos cordiais.

O Papa Francisco fala sobre a importância da ternura nos relacionamentos.

Bem a propósito, li hoje uma matéria onde – durante um evento ocorrido em Madri no dias 14/06 – o Papa Francisco fez um pronunciamento sobre a importância de cuidar com carinho de todo e qualquer relacionamento.

Assim, ele afirma que “quando alguém disser coisas com “proximidade” expressa ternura: ternura de um olhar sereno, simples; ternura de uma palavra de encorajamento, de uma pessoa que acompanha quem fica para trás; ternura dos que estão sofrendo pelos efeitos desta civilização do “descarte”.

Não tenham medo da ternura, pois ela dignifica e é linguagem de Deus. (…) Vão em frente! Comprometam-se com o coração, então sim se pode “dizer” coisas verdadeiras, não coisas assépticas, coisas declaratórias, coisas de compromisso, mas coisas que constroem o futuro.”

Certamente, o esforço que fazemos para melhorar todo e qualquer tipo de relacionamento é um esforço para melhorar e propagar uma energia de harmonia, equilíbrio e serenidade que vai ajudar a apaziguar os povos e as nações.

Noemi C. Carvalho

Você pode ler aqui a íntegra da reportagem de Manoel Tavares sobre a declaração do Papa Francisco.

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Existe um sentido da vida?

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Os hábitos tecnológicos e sua influência nas relações sociais e pessoais.

Muitas vezes nos perguntamos se existe um sentido para a vida. Observando o dia a dia, verificamos a proliferação de um comportamento que está se consolidando à medida que os mecanismos de integração social pela via eletrônica se desenvolvem.

Curiosamente, esse comportamento apresenta uma característica peculiar. Enquanto aproxima as pessoas e as mantém em contato contínuo e instantâneo, superficializa as relações mantendo-as num patamar próximo às fofoqueiras de antigamente, substituindo as janelas das antigas vilas pelas telas luminosas de hoje.

Outro componente interessante é a transferência desse hábito de relacionar-se superficialmente e sem compromisso para o mundo real. Ele atinge também as relações pessoais, tanto no nível de interação quanto no distanciamento voluntário, ao reter a maior parte do tempo os olhos presos à tela.

Com o passar do tempo e a consolidação desse comportamento, podemos observar que algumas pessoas estão buscando um certo tipo de alienação de si mesmo. É como se houvesse uma migração desse comportamento externo, procurando uma forma de conseguir isolar a própria pessoa de si mesma.

Estranho paradoxo esse de viver em uma época onde podemos de forma instantânea nos conectarmos a qualquer parte do mundo e ao mesmo tempo nos isolarmos de tudo e de todos, inclusive de nós mesmos.

É importante perceber se estamos nos escondendo de nós mesmos.

Esse esboço da conjuntura em que vivemos coloca-nos alguns questionamentos.

Certamente, os avanços tecnológicos vieram para ficar, isso é indiscutível. Como é óbvio também que não são o avanço e nem tampouco os produtos desse avanço os responsáveis por essa mudança na relações.

O uso das tecnologias, como tantas outras coisas ao longo da história do ser humano, é que foi sendo desvirtuado, gerando dependências nocivas que alteraram, então, os comportamentos.

As causas dessas alterações comportamentais devem ser procuradas no interior das pessoas, no mais íntimo do ser, onde se escondem os elementos que geram os hábitos e os comportamentos. Os aparelhos e instrumentos apenas canalizam a energia para as manifestações no plano físico.

Acredito que a pluralidade de opções e a extensa gama de aplicações que hoje existem para atrair e fixar a atenção de todos, principalmente dos jovens, mascara o fator interior que é responsável pelo avanço e desenvolvimento pessoal.

Ainda hoje, a maioria das pessoas, não tem o conhecimento do que é, o que aqui está fazendo e qual a sua mais importante missão nessa vida.

O sentido da vida vem à tona quando nos interiorizamos.

Muito se fala no sentido da vida. Mas se bem observarmos veremos que o sentido está em nós, e somos nós os responsáveis por trazê-lo à vida.

Temos hoje, de fato, inúmeros manuais e formulários com questões e testes para avaliar e direcionar um caminho, principalmente na área profissional.

Mas um verdadeiro sentido de vida não pode ser assim determinado. Pois não há um sentido único, cada um de nós tem virtudes, qualidades e dons únicos, e é essa peculiaridade que faz quem somos verdadeiramente e o que define nosso propósito.

A vida é uma oportunidade onde cada um dará o sentido que estiver em si através da experiência de estar vivo, de como essa experiência de vida repercute na sua essência e de como essa sensação se manifesta na realidade que vive.

Existe um trecho do livro “Lei da Compensação Divina”, escrito por Marianne Williamson, que diz:

“Amor é com o que nascemos. Medo é o que aprendemos.

A jornada espiritual é desaprender o medo e os preconceitos e aceitar o amor novamente em nossos corações.

Amor é a realidade essencial e nosso propósito na Terra. Ser consciente disso, experimentar o amor em nós mesmos e nos outros, é o sentido da vida.

O sentido não repousa em coisas. O sentido repousa em nós.”

Esse é o grande mistério e ao mesmo tempo o encanto maior dessa nossa jornada. Se o que se expressa da sua essência traz alegria, siga essa alegria.

José Batista de Carvalho

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Afinal, felicidade se compra?

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Estar em paz para estar feliz.

Todos buscamos a felicidade. Mas se não se compra felicidade, como podemos tê-la ao nosso lado? Eu estava então pensando se não seria melhor buscar a paz.

Vendem-se muitas felicidades hoje em dia. O carro que traz a felicidade, a viagem que leva à felicidade, a cerveja que cerca você de felicidade, o celular que é tudo o que você quer, a operadora que é mais do que você imaginaria, o perfume que abre um mundo de sonhos, o aparelho de ginástica que é o sonho da sua vida….

E, no pacote, todos trazem a obrigação de ser feliz. Mas se você não se sente feliz, mesmo com a conquista do seu objeto de desejo, você se sente culpado, por não se sentir feliz.

Agora, quando você está em paz, você não está preocupado em estar feliz, simplesmente porque você está bem.

Já que não se compra felicidade…

É claro que, com todas as atribulações da vida, um dia você está feliz, no outro nem tanto. Um dia você pode até estar triste. Afinal, todos os encantos e desencantos fazem parte dos ciclos da natureza e da vida. Mas, de qualquer modo, você vai ficar bem e superar tudo se estiver em paz.

Buscar somente a felicidade traz ansiedade. Ansiedade é falta de paz, e certamente você não vai encontrar a felicidade que procura se seu coração não estiver em paz.

Em paz, você desfruta dos momentos de felicidade com gratidão e leveza.

Em paz, você supera os momentos de adversidade com fé e confiança.

Quando sentir essa paz, você então não vai precisar ir em busca de mais nada para ser feliz. Porque todas a conquistas e realizações serão desfrutadas como acréscimos em sua vida, e não como meios indispensáveis para alcançar a sua felicidade. As coisas boas vão lhe proporcionar um “estado de felicidade”, que se somará ao seu “estado de paz”.

Nesse estado de paz, as tristezas, dissabores, ansiedades e frustrações são suportados com mais serenidade, no entendimento dos ciclos naturais que, como as marés, vão e vêm, renovando a vida em seu ritmo incessante.

Noemi C. Carvalho

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