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Oito ensinamentos para a evolução espiritual

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As recomendações de Dalai Lama para a evolução espiritual.

Dalai Lama recomenda ler todos os dias estes versos que transformam a mente no caminho para a evolução espiritual. Leia a seguir.

“Vou agora ler e explicar brevemente um dos mais importantes textos sobre a transformação da mente, Lojong Tsigyema (1) – ou Oito Versos que Transformam a Mente. Este texto foi composto por Geshe Langri Tangba (2), um bodisatva (3) bastante incomum. Eu próprio o leio todos os dias, tendo recebido a transmissão do comentário de Kyabje Trijang Rinpoche (4).

1.

Com a determinação de alcançar
O bem supremo em benefício de todos os seres sencientes,
Mais preciosos do que uma joia mágica que realiza desejos,
Vou aprender a prezá-los e estimá-los no mais alto grau.

Aqui, estamos pedindo: “Possa eu ser capaz de enxergar os seres como uma joia preciosa, já que são o objeto por conta do qual poderei alcançar a onisciência; portanto, possa eu ser capaz de prezá-los e estimá-los.”

2.

Sempre que estiver na companhia de outras pessoas, vou aprender
A pensar em minha pessoa como a mais insignificante dentre elas,
E, com todo respeito, considerá-las supremas,
Do fundo do meu coração.

“Com todo respeito considerá-las supremas” significa não as ver como um objeto de pena, o qual olhamos de cima, mas, sim, vê-las como um objeto elevado. Tomemos, por exemplo, os insetos: eles são inferiores a nós porque desconhecem as coisas certas a serem adotadas ou descartadas, ao passo que nós conhecemos essas coisas, já que percebemos a natureza destrutiva das emoções negativas. Embora seja essa a situação, podemos também enxergar os fatos de um outro ponto de vista. Apesar de termos consciência da natureza destrutiva das emoções negativas, deixamo-nos ficar sob a influência delas e, nesse sentido, somos inferiores aos insetos.

3.

Em todos os meus atos, vou aprender a examinar a minha mente
E, sempre que surgir uma emoção negativa,
Pondo em risco a mim mesmo e aos outros,
Vou, com firmeza, enfrentá-la e evitá-la.

Quando nos propomos uma prática desse tipo, a única coisa que constitui obstáculo são as negatividades presentes no nosso fluxo mental; já espíritos e outros que tais não representam obstáculo algum. Assim, não devemos ter uma atitude de preguiça e passividade diante do inimigo interno; antes, devemos ser alertas e ativos, contrapondo-nos às negatividades de imediato.

4.

Vou prezar os seres que têm natureza perversa
E aqueles sobre os quais pesam fortes negatividades e sofrimentos.
Como se eu tivesse encontrado um tesouro precioso,
Muito difícil de achar.

Essas linhas enfatizam a transformação dos nossos pensamentos em relação aos seres sencientes que carregam fortes negatividades. De modo geral, é mais difícil termos compaixão por pessoas afligidas pelo sofrimento e coisas assim, quando sua natureza e personalidade são muito perversas. Na verdade, essas pessoas deveriam ser vistas como objeto supremo da nossa compaixão. Nossa atitude, quando nos deparamos com gente assim, deveria ser a de quem encontrou um tesouro.

5.

Quando os outros, por inveja, maltratarem a minha pessoa
Ou a insultarem e caluniarem.
Vou aprender a aceitar a derrota,
 E a eles oferecer a vitória.

Falando de modo geral, sempre que os outros, injustificadamente, fazem algo de errado em relação à nossa pessoa, é lícito retaliar, dentro de uma ótica mundana. Porém, o praticante das técnicas da transformação da mente devem sempre oferecer a vitória aos outros.

6.

Quando alguém a quem ajudei com grande esperança
Magoar ou ferir a minha pessoa, mesmo sem motivo,
Vou aprender a ver essa outra pessoa
Como um excelente guia espiritual.

Normalmente, esperamos que os seres sencientes a quem muito auxiliamos retribuam a nossa bondade; é essa a nossa expectativa. Ao contrário, porém, deveríamos pensar: “Se essa pessoa me fere em vez de retribuir a minha bondade, possa eu não retaliar mas, sim, refletir sobre a bondade dela e ser capaz de vê-la como um guia especial.”

7.

Em suma, vou aprender a oferecer a todos, sem exceção,
Toda a ajuda e felicidade, por meios diretos e indiretos,
E a tomar sobre mim, em sigilo,
Todos os males e sofrimentos daqueles que foram minhas mães.

O verso diz: “Em suma, possa eu ser capaz de oferecer todas as qualidades boas que possuo a todos os seres sencientes,” — essa é a prática da generosidade — e ainda: “Possa eu ser capaz, em sigilo, de tomar sobre mim todos os males e sofrimentos deles, nesta vida e em vidas futuras.” Essas palavras estão ligadas ao processo da inspiração e expiração.

Até aqui, os versos trataram da prática no nível da bodhicitta (5) convencional. As técnicas para cultivo da bodhicitta convencional não devem ser influenciadas por atitudes como: “Se eu fizer a prática do dar e receber, terei melhor saúde, e coisas assim”, pois elas denotam a influência de considerações mundanas. Nossa atitude não deve ser: “Se eu fizer uma prática assim, as pessoas vão me respeitar e me considerar um bom praticante.” Em suma, nossa prática destas técnicas não deve ser influenciada por nenhuma motivação mundana.

8.

Vou aprender a manter estas práticas
Isentas das máculas das oito preocupações mundanas.
E, ao compreender todos os fenômenos como ilusórios,
Serei libertado da escravidão do apego.

Essas linhas falam da prática da bodhicitta última. Quando falamos dos antídotos contra as oito atitudes mundanas, existem muitos níveis. O verdadeiro antídoto capaz de suplantar a influência das atitudes mundanas é a compreensão de que os fenômenos são desprovidos de natureza intrínseca. Os fenômenos, todos eles, não possuem existência própria — eles são como ilusões. Embora apareçam aos nossos olhos como dotados de existência verdadeira, não possuem nenhuma realidade. “Ao compreender sua natureza relativa, possa eu ficar livre das cadeias do apego.”

Deveríamos ler Lojong Tsigyema todos os dias e, assim, incrementarmos nossa prática do ideal do bodisatva.”

Dalai Lama, do livro “The Union Of Bliss And Emptiness”

Referências

(1) Lojong Tsigyema – é uma prática de treinamento mental na tradição budista tibetana, que envolve refinar e purificar as motivações e atitudes de alguém, como um conjunto de antídotos para hábitos mentais indesejados que causam sofrimento.

Ele contém dois métodos para expandir o ponto de vista de alguém:

  • em relação à bodhicitta absoluta, como “Encontre a consciência que você tinha antes de nascer” e “Trate tudo o que você percebe como um sonho”
  • e para se relacionar com o mundo de uma maneira mais construtiva com bodhicitta relativa, como “Seja grato a todos” e “Quando tudo der errado, trate o desastre como uma maneira de acordar”

(2) Geshe Langri Tangba – (1054–1123). Foi importante figura na linhagem das escolas do budismo tibetano, autor dos “Oito Versos de Treinar a Mente”, considerado um resumo sucinto do Lojong.

(3 – 5 ) No Budismo, um bodisatva ou bodhisattva, é um ser [sattva] iluminado [bodhi].

Tradicionalmente, um bodhisattva é qualquer pessoa que, movida por grande compaixão, gerou bodhicitta, que é o desejo espontâneo de atingir o mesmo status de Buda para o benefício de todos os seres sencientes.

De acordo com o budismo tibetano, bodhisattva é um dos quatro estados sublimes que um ser humano pode alcançar em vida (sendo os outros três: Arhat, Buddha e Pratyekabuddha).

(4) Kyabje Trijang Rinpoche – (1901-1981).  Foi o Tutor Junior e Guia Espiritual do 14º Dalai Lama por quarenta anos, sendo considerado um dos mais importantes mestres do Budismo Tibetano do nosso tempo.

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O que eu posso fazer para encontrar a paz interior?

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A paz é uma sensação de leveza e serenidade que todo mundo quer sentir.

Está muito complicado encontrar a paz. Todas as manhãs, enquanto nos preparamos para um novo dia, em muitos de nós as preocupações com a violência das nossas cidades sobressaem. A sensação de insegurança é ainda mais reforçada pelos noticiários, que hoje nos chegam instantaneamente, escancarando crises e conflitos de toda ordem pelo mundo.

Vivemos numa época de muita competição, ganância e negatividade de todos os gêneros. Esta dificuldade se impõe cada vez mais em nossas tarefas e relações. Nossa sociedade global ficou tão obscura, muito em função da educação e do crescimento do relativismo moral.

Tudo o que hoje é vivenciado, favorece aqueles que agem sem pensar muito nas consequências que podem causar às outras pessoas. O importante é o seu sucesso e o bem estar do seu círculo e convivência, e não buscar a paz interior e o bem comum.

A incansável busca pela vantagem pessoal.

Com isso, muitos procuram formas e programas de desenvolvimento que privilegiam o adestramento comportamental para a busca de conquistas e mais vitórias, não importando o que isso cause às pessoas ou ao meio ambiente. Tais procedimentos instigam mais ainda uma incansável e infinita busca movida pela ganância e pela vaidade.

Essas práticas, que colocam nas conquistas das coisas do mundo sua prioridade, desenvolvem no ser humano uma espécie de programação psico-bio-emocional que provoca uma reação de esvaziamento assim que se conquista algo.

Dessa forma, gera uma imperiosa necessidade de logo partir para novas batalhas, espalhando assim a agressividade da competição, acirrando os sentimentos de mesquinhez e a volúpia por ser o melhor.

Não importa em que esfera esses conquistadores estejam, eles nunca estão em paz. O programa instalado em sua mente e sentido compulsivamente os leva a agir agressivamente seja na área esportiva, acadêmica, religiosa, social ou mesmo familiar.

O moderno canto das sereias nos afasta da paz profunda.

Observamos que cada vez mais este mecanismo é alimentado pelas grandes corporações seja ao treinar seus funcionários para ampliar os negócios, seja no campo do marketing, com a constante criação de novas necessidades e personagens, objetivando a incorporação de seus produtos e serviços por um número maior de consumidores.

Como vemos, esse sistêmico mecanismo cada vez mais cresce e se sofistica. Ele caminha na direção das redes de inteligência artificial que serão capazes de aperfeiçoar e criar novas forma para envolver as pessoas.

Com isso, os países, as sociedades, enfim, as pessoas cada vez mais estarão expostas a esse moderno canto das sereias, atraídas com promessas que não serão atendidas. Pois no instante em que nos sentirmos satisfeitos, não ouviremos mais as melodiosas e encantadoras vozes.

A paz interior precisa ser escolhida.

A conturbação e insegurança que hoje vivenciamos tem esse mecanismo em suas raízes.

Temos então uma escolha a fazer, dentre duas opções. Em primeiro lugar: queremos a conquista das coisas do mundo que saciarão os impetuosos desejos e vontades, mas assim como a sede deixa de existir ao ser aplacada pela água, também a satisfação desses impulsos deixará de existir assim que a sede consumista voltar?

Ou então escolhemos o trabalho interior para atingir a sua realização e, através dessa conquista perene, construímos a verdadeira felicidade para assim viver a paz interior.

Antes de qualquer resposta é interessante lembrar que tudo o que nós fazemos, todas as nossas ações, escolhas e pensamentos têm consequências, e estas retornarão a nós.

A lei universal diz que é preciso semear paz para poder receber paz.

Portanto, se vivermos em intensa competição e acirrada disputa por qualquer coisa, isso nos levará a estados beligerantes. Estaremos sempre em estado de guerra, sempre vendo, então, inimigos e perigos à nossa volta. Se ficamos sempre nos defendendo, esse estado todo faz com que nossa aura reflita essa agressividade, atraindo assim, sempre e cada vez mais, inimigos e situações de confronto.

E como poderemos ter paz desse jeito?

É difícil, muito difícil, sentir-se calmo e equilibrado nessa situação, estar em paz então é impossível assim.

Mantendo esse comportamento que está em desarmonia com as leis do universo, certamente as consequências virão como resultado de cada uma de nossas escolhas.  E isso tudo pode ainda prosseguir por outras encarnações e nas esferas espirituais, até aceitarmos as orientações que nos levam ao amor e à fraternidade.

A paz no mundo começa com a paz na mente.

Podemos ver que quanto mais pessoas estiverem presas nessas programações que geram confrontos e disputas maiores serão as situações de conflito e agressividade na sociedade, nos países e no planeta como um todo.

Como disse Gandhi: “Quando uma pessoa dá um passo em direção à Paz, toda a humanidade avança um passo em direção à Paz”.

Precisamos entender que o oposto também é verdadeiro, ou seja, toda vez que agimos de forma agressiva e conflituosa ajudamos a disseminar violência e conflitos de toda ordem na humanidade.

Se vivemos em uma sociedade violenta, a causa é que essa violência é fruto da ação das pessoas que formam essa sociedade.

Como vemos, para nos sentirmos seguros e não termos mais  violência e criminalidade, enfim, para viver em paz, temos que desenvolver a paz em nossas mentes. Temos que procurar todas as razões que impedem que vivamos bem com as pessoas, para aprender a ficar em paz conosco mesmo.

O que é exatamente a paz interior?

Quando falamos de paz precisamos entender bem o que é a paz, o que é ter paz.

A paz, a verdadeira paz, a paz interior, a paz profunda não é simplesmente calma e silêncio, nem mesmo apenas quietude. Antes de tudo, ela é um existir consubstanciado pela consciência da própria Essência, o Eu existo, o Eu sou. Em conformidade com o amor, é uma silenciosa energia que permeia toda a existência.

São Paulo usou a expressão “a paz de Deus excede toda a inteligência”. Pois ela não encontra explicação, nada é parecido com ela, nossos sentidos não podem ser expressos em palavras. Quem já teve a oportunidade dessa vivência tem em si o questionamento: como se pode sentir tanta paz?

Essa paz é observada na natureza. Nas árvores, que formam florestas onde entrelaçam seus galhos em harmoniosa arquitetura erguendo verdadeiros templos, onde o percorrer do vento faz as folhas entoarem hinos que reverenciam o Criador.

Nos rios, que humildemente brotam gotejantes em sua nascentes para ao longo de seu percurso construírem o volumoso fluxo que carrega vida até desaguarem no oceano, que em sua águas espelha o azul do céu e suas nuvens que dançam ao sabor das brisas.

Esta é a paz que transcende todas as explicações e entendimentos, a verdadeira paz.

E como fazer para sentir essa paz?

Encontramos nos pensamentos de Paramahansa Yogananda a importância de se viver em paz:

“Deves executar todas as tuas ações de maneira pacífica, pois a paz é a melhor medicina para o corpo, a mente e a alma. Esta é a forma mais maravilhosa de viver.”

Nas orientações do Irmão Y nós podemos ver uma indicação para encontrar a paz:

“Só teremos paz quando aprendermos a controlar nossas emoções e sentimentos inferiores que nos jogam de lá para cá, que delineiam os altos e baixos dos difíceis e tortuosos caminhos que nós mesmos escolhemos para nossas vidas.

Para ter paz, é necessário que primeiro se aprenda a ser humilde. Para sermos humildes, necessitamos conquistar o poder e a sabedoria de não contra-atacar o agressor, mas compreender que ele ainda desconhece o prazer de ter eliminado de seu interior o ego exacerbado.”

Assim, percebemos que é em nosso interior que devemos buscar essa dádiva. E para chegar lá, devemos transformar os vícios que ainda residem em nós: a inveja, o rancor, as mágoas, o egoísmo, a vaidade e todos os demais sentimentos que colocam barreiras entre nós e a vida.

Assim, percorrendo o caminho interior da renovação, chegaremos ao nosso templo interior onde o Divino habita na forma de nossa Essência e, reverenciando a Luz, receberemos as bênçãos da Paz Interior.

Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize.” – João 14:27

José Batista de Carvalho

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Cântico das Criaturas

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O Cântico das Criaturas – São Francisco.

O Cântico das Criaturas, a bela oração de São Francisco de Assis, louvando ao Criador por todas as suas manifestações na natureza.

Altíssimo, Omnipotente, Bom Senhor

Teus são o Louvor, a Glória,

a Honra e toda a Bênção.

 

Louvado sejas, meu Senhor,

com todas as Tuas criaturas,

especialmente o senhor irmão Sol,

que clareia o dia e que,

com a sua luz, nos ilumina.

Ele é belo e radiante,

com grande esplendor;

de Ti, Altíssimo, é a imagem.

 

Louvado sejas, meu Senhor,

pela irmã Lua e pelas estrelas,

que no céu formaste, claras.

preciosas e belas.

 

Louvado sejas, meu Senhor.

pelo irmão vento,

pelo ar e pelas nuvens,

pelo sereno

e por todo o tempo

em que dás sustento

às Tuas criaturas.

 

Louvado sejas, meu Senhor,

pela irmã água, útil e humilde,

preciosa e casta.

 

Louvado sejas, meu Senhor,

pelo irmão fogo,

com o qual iluminas a noite.

Ele é belo e alegre,

vigoroso e forte.

 

Louvado sejas, meu Senhor,

pela nossa irmã, a mãe terra,

que nos sustenta e governa,

produz frutos diversos,

flores e ervas.

 

Louvado sejas, meu Senhor,

pelos que perdoam pelo Teu amor

e suportam as enfermidades

e tribulações.

 

Louvado sejas, meu Senhor,

pela nossa irmã, a morte corporal,

da qual homem algum pode escapar.

 

Louvai todos e bendizei o meu Senhor!

Dai-Lhe graças e servi-O

com grande humildade!

 

S. Francisco de Assis

 

fonte: http://bispado.org.br/oracoes/cantico-das-criaturas-de-s-francisco-de-assis

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Entra naquele oceano

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A Evolução da Forma

Toda forma que vês
Tem seu arquétipo no mundo sem-lugar.
Se a a forma esvanece, não importa,
Permanece o original.
As belas figuras que viste,
As sábias palavras que escutaste,
Não te entristeças se pereceram.
Enquanto a fonte é abundante,
O rio dá água sem cessar.rio dá água sem cessar.
Por que te lamentas se nenhum dos dois se detém?
A alma é a fonte,
E as coisas criadas, os rios.
Enquanto a fonte jorra, correm os rios.
Tira da cabeça todo o pesar
E sorve aos borbotões a água deste rio.
Que a água não seca, ela não tem fim.
Desde que chegaste ao mundo do ser,
Uma escada foi posta diante de ti, para que escapasses.
Primeiro, foste mineral;
Depois, te tornaste planta,
E mais tarde, animal.
Como pode ser isto segredo para ti?
Finalmente foste feito homem,
Com conhecimento, razão e fé.
Contempla teu corpo – um punhado de pó –
Vê quão perfeito se tornou!
Quando tiveres cumprido tua jornada,
Decerto hás de regressar como anjo;
Depois disso, terás terminado de vez com a terra,
E tua estação há de ser o céu.
Passa de novo pela vida angelical,
Entra naquele oceano,
E que tua gota se torne mar,
Cem vezes maior que o Mar de Oman.
Abandona este filho que chamas corpo
E diz sempre, “Um”, com toda a alma.
Se teu corpo envelhece, que importa?
Ainda é fresca tua alma.
Rumi – “Poemas Místicos”

A melhor forma de estabelecer metas na nossa vida

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Temos uma lista particular de metas que queremos alcançar, de sonhos que queremos realizar.

A dinâmica da nossa relação com as atividades profissionais influenciam, de certa maneira, a forma como definimos as prioridades em nossa vida pessoal e também a maneira que adotamos para estabelecer nossas metas de vida.

Nas últimas décadas, a empresas adotaram um perfil mais agressivo para o seu bom posicionamento porque o aumento da concorrência trouxe a necessidade de acirrar os mecanismos de disputa para obtenção e manutenção de melhores fatias de mercado.

Desenvolvimento de novos produtos, ampliação de serviços, aprimoramentos na tecnologia, treinamentos internos ou procura de funcionários com qualificações específicas fizeram, então, parte da estratégia. A disputa pela preferência dos consumidores tornou-se uma corrida, para que objetivos sejam atingidos pelas equipes de funcionários, obedecendo a cronogramas e prazos estipulados. Como resultado, a cobrança por produção e atingimento de metas tornou-se lugar comum.

Esse modelo vivido diariamente no ambiente de trabalho, entretanto, acabou sendo transferido para a vida pessoal, por grande parte das pessoas. Assim, metas, prazos e cobranças extrapolaram o ambiente comercial e adentraram o ambiente privado.

Uma quantidade sufocante de planos a serem realizados, frustrações sentidas quando não se consegue a realização pretendida, cobrança interna e vergonha por não se sentir capaz, tudo surge como resultado de conduzir a vida dentro desses parâmetros dinâmicos e acelerados, trazendo crescentes índices de ansiedade e insatisfação. E, enquanto isso, a falta de tempo para dedicar a si próprio em atividades de espiritualidade e manutenção de harmonia interior prejudicam o bem-estar e a saúde.

Talvez lhe interesse: De quanto tempo precisamos para alcançar a felicidade?

A tarefa de estabelecer metas sob um ponto de vista espiritualizado.

No livro “Um Retorno ao  Amor”, a autora faz interessantes considerações sobre esse assunto. Marianne Williamson coloca uma visão materialista do estabelecimento de metas em contraponto com uma visão espiritualizada.

Segundo ela, é necessária uma entrega espiritual: Os milagres acontecem quando perguntamos a Deus o que podemos fazer por Ele. Os milagres nos levam da mentalidade do ‘obter’ para o ‘oferecer’.

O desejo de obter algo nos leva à crença profunda de que não temos esse algo. Enquanto acreditarmos que existe escassez dentro de nós, continuaremos a fabricar escassez em volta de nós, porque este é o nosso pensamento básico. Não importa o quanto obtemos, nunca será suficiente.”

Este é, em suma, o princípio básico da Lei da Atração: semelhante atrai semelhante.

Como isso funciona na prática.

Podemos achar um contra senso pensar que desejar aquilo que queremos afasta de nós esse mesmo desejo. Acredito que isto se deva ao hábito que temos nas atitudes diárias. Se pensamos “vou tomar água porque estou com sede”, isto nos leva a realizar o desejo de satisfazer a sede, tomando água. E nós sabemos que temos água à disposição e podemos realizar nosso desejo tranquilamente.

Entretanto, quando se trata de desejos mais complexos e que não dependem apenas da nossa atitude, mas de uma conjunção de acontecimentos externos sobre os quais não temos controle absoluto, um fator de extrema importância entra em cena: o sentimento.

Se desejamos encontrar o amor de nossa vida ou o trabalho de nossos sonhos, por exemplo, o direcionamento interno que damos a esses acontecimentos é diferente de tomar a água que vai saciar nossa sede.

Explicando melhor, sabemos que vamos tomar água, ainda que tenhamos que esperar cincou ou dez minutos até a hora do intervalo ou até chegarmos em algum lugar. Mas sabemos que isso vai acontecer.

Nos outros exemplos citados, por outro lado, quando não temos a certeza de que conseguiremos realizar o que pretendemos, quando ficamos gerando expectativa sobre quando aquilo vai acontecer, o que fazemos é reafirmar o sentimento de “não tenho”.

Você conseguiu perceber essa sutil diferença? “Quero água e sei que vou conseguir.” É diferente de “quero encontrar um amor mas não sei se vou conseguir”, ou “quero um trabalho que eu goste mais ou que me remunere melhor, mas não sei se vou conseguir.”

Como compatibilizar pensamentos e sentimentos, desejos e receios ao estabelecer nossas metas?

O Universo trabalha exatamente com essa sutileza. Não é o que queremos que comanda o processo, mas o que sentimos é que define toda a sequência de acontecimentos.

Tudo isso sobre o que falamos, de fato, são detalhes. Mas é de detalhes que é feita a vida.

Existe um jeito, entretanto, de contornar essas dificuldades que podem se apresentar para promover a coexistência pacífica e proveitosa entre nossos sentimentos e nossos desejos.

Marianne Williamson vem novamente em nosso auxílio: “Quando nosso desejo é oferecer, nossa crença profunda é a de que temos tamanha abundância que podemos distribuí-la. A mente subconsciente recebe, assim, a deixa de nossas crenças profundas e, com grande brilhantismo, fabrica situações que refletem essas crenças. Nossa disposição de dar leva o universo a nos dar.”

Você já deve ter visto notícias, por exemplo, de pessoas que têm muito dinheiro e facilmente ganham muito mais. Elas não têm nenhum tipo de problema com  dinheiro, e assim não esperam receber mais, não acreditam que podem ter mais, não confiam nisso: elas sabem, simplesmente, para elas é algo muito natural. Entretanto, essas pessoas podem ter dificuldades em realizar outras áreas de sua vida: talvez não tenham amigos sinceros, ou sintam falta de uma companhia amorosa, ou a saúde seja debilitada.

Neale Donald Walsch explica isso com um exemplo bem corriqueiro: “Quando vocês entram no seu quarto e acionam o interruptor, vocês não esperam que o quarto fique iluminado, nem têm fé de que ele ficará iluminado. Vocês sabem que será iluminado. Não há nenhuma maravilha nisso, não há qualquer dúvida em sua mente.” 

Ter a paz como meta principal anula o medo e dá estabilidade emocional.

Voltando a Marianne, ela nos orienta a manter sempre a paz de espírito, que é o que vai anular a ansiedade e o medo, e dar as condições para que as realizações se manifestem: Todos já obtivemos coisas que achamos que nos fariam felizes e não fizeram. Ter na paz sua única meta, isso leva a mente a se concentrar em todos os fatores que contribuem para a nossa paz, deixando o resto de fora da nossa consciência. 

Ter como meta qualquer outra coisa que não seja a paz é emocionalmente destrutivo. Por exemplo, vamos fazer uma entrevista para um emprego e queremos muito ser contratados. Se nossa meta é conseguirmos esse emprego, tudo bem, caso venhamos a ser contratados. Mas se não o conseguirmos, ficaremos deprimidos. Se a paz for nossa meta, conseguindo ou não o emprego, estaremos em paz.

Quando a meta é a paz, estamos programados para a estabilidade emocional, não importa o que aconteça. A mente, então, será direcionada para ver a situação de uma perspectiva de paz. Teremos fé em Deus e o milagre é que sentiremos realmente esta fé. Nossas emoções fluem de nosso pensamento e não o contrário.”

É isto, portanto, que determina o direcionamento que daremos à Lei da Atração: a estabilidade emocional.

Quando nossas emoções estão serenas, nossa confiança revigorada, os pensamentos fluem naturalmente. Assim, sem medos e sem dúvidas, podemos estabelecer metas e traçar um caminho direto, tranquilo e pacífico para o que almejamos.

Noemi C. Carvalho

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Onde encontrar as respostas que você procura?

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Estamos sempre à procura de respostas que nos mostrem o melhor caminho a seguir.

Já lhe passou alguma vez pela cabeça algum questionamento do tipo: “não sei exatamente o que preciso fazer“; ou “queria entender por que minha vida está assim“; ou “acho que estou fazendo alguma coisa errada, porque as coisas não estão dando certo“? E onde encontrar as respostas a essas perguntas?

Diz o ditado que “mal de muitos, consolo é”. Então você pode se sentir consolado, porque certamente não é a única pessoa deste planeta a sentir-se assim.

Conversando com alguns amigos sobre estas questões que afligem tantas pessoas, ouvi deles algumas considerações bem interessantes. De nossa conversa, fiz um resumo que espero possa lhes ser útil.

A dúvida e a culpa dificultam encontrar respostas para solucionar nossos problemas.

Muitas pessoas se preocupam com o fato de já ter lido ou visto muitas informações que falam sobre autoconhecimento, sobre mecanismos do pensamento, controle de emoções, sobre espiritualidade. Orientações que lhes permitiria melhorar a vida, com as quais concordam e, de fato, começam a aplicá-las.

Mas – geralmente tem um “mas” – as coisas não acontecem como elas gostariam ou esperariam. Então, logo vem a descrença: “isto é bobagem, não funciona.” Ou a dúvida: “será que entendi direito?” Ou a culpa: “acho que estou fazendo errado.

A questão é que, na verdade, esses mecanismos não são imediatistas. São práticas a serem adotadas e aperfeiçoadas ao longo do tempo, isto é, não para realizar nossos desejos instantaneamente, mas para nos fornecer os meios de aprimorarmos nosso pensamento, nossa autoestima, nosso entendimento da vida. E a partir daí, então, conseguirmos realizar nossos desejos como algo natural no transcurso evolutivo de nossa vida.

Mudar hábito de pensamento, sobre a vida e sobre nós mesmos é um passo importante.

Antes de chegar nessa etapa de realização, temos um enfrentamento: vencer o hábito de reforçar os pensamentos negativos e pessimistas. Assim como qualquer outro hábito, eles podem nos trabalho para vencê-los, pode ser difícil mudá-los, mas não impossível.

Por isso é necessário insistir sempre, diariamente, pois o desenvolvimento de nossas qualidades é um trabalho ao qual devemos nos dedicar, mantendo sempre a vontade e a boa disposição.

Outro ponto importante diz respeito à autodepreciação que costuma ocorrer pelo sentimento de fracasso. Com ela vem o desânimo, a insegurança, e então não temos mais certeza de nada, não sabemos mais o que fazer.

Deus pode não nos dar as respostas diretamente, mas nos ajuda a encontrar a melhor solução.

Nestes momentos, a melhor atitude a tomar é parar um pouco, fechar os olhos, respirar, relaxar, tirar o peso dos ombros e entregar a Deus.

Só assim, com a mente serena e as emoções tranquilizadas, poderemos receber a tão valiosa intuição, a resposta certa para nossos questionamentos. Quem melhor do que Ele para entender a Vida, para nos dar as respostas do que não entendemos? Vou ter que usar mais um ditado popular: “entrega nas mãos de Deus”.

Claro que esse não é um diálogo que acontece do mesmo jeito que você conversa com um amigo ou com alguém a quem você vai pedir um conselho. Mas Deus tem inúmeras formas de se comunicar conosco.

Como, por exemplo, quando começam a acontecer as coincidências – na verdade sincronicidades – e você acha que é puro acaso. Não, não é acaso. São as suas respostas. As respostas que você pediu, e que podem até demorar a chegar, mas elas vão chegar quando você estiver pronto para recebê-las.

E quando você vai estar pronto, quando isso vai acontecer? Provavelmente quando você tiver se livrado da sua ansiedade, ou quando as condições para o que você quer sejam as mais favoráveis, ou quando você se habituar a  agradecer por tudo de bom que acontece em sua vida, ou quando você acreditar firmemente que você é capaz e merecedor.

Espero que esse resumo possa ser útil a você, assim como a conversa entre amigos o foi para mim.

Noemi C. Carvalho

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O que Somos em verdade

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Em princípio, somos seres espirituais.

Muito mais do que o corpo que movimentamos, somos a fagulha que acendeu a vida. E essa fulgurante centelha, causa primeira, é sem fim, ilimitada eterna. Portanto, somos em verdade ilimitados e sem fim.

Em vários textos falo em “Essência” para especificar o que somos em verdade, a nossa verdadeira dimensão, aquilo que anima e faz funcionar todos os órgãos físicos, movimenta nossas emoções e faz o princípio criador se manifestar nesta esfera.

Construímos a maravilhosa máquina bioenergética que possuímos, mas não somos esse corpo: apenas o possuímos como um instrumento para movimentar nossas energias e responder aos estímulos que o ambiente produz.

Esta vestimenta se deteriora com o passar do tempo, pode ser ferida e se extingue. Nós não. Somos eternos viajantes cruzando tempo e espaço, etérea fonte essencial por onde se manifesta a vida e a existência é criada.

É nossa Essência que abriga o corpo que habitamos, não o contrário como muitos imaginavam. A alma não reside no corpo, e o corpo é que está sob o abrigo do campo de força que conhecemos como aura ou alma. O conjunto físico faz parte de uma estrutura energética que, por sua vez, está no âmago do Espírito Universal, que em verdade é a Essência de quem Somos.

Nós somos a própria Energia da Vida.

A estrutura energética que forma um campo de força e nos envolve é conhecida por diversos nomes: uns chamam de espírito, outros de aura, perispírito e muitos outros nomes, dependendo da época e região. Todas essas designações servem como uma indicação para o entendimento da matéria, mas não conseguem abranger o entendimento de sua verdade.

Em um esforço para que nossa compreensão possa entender, podemos considerar que aquilo que conhecemos como alma seja a própria Vida em movimento, agrupada em determinado local no que conhecemos como a dimensão Espaço-tempo.

Como explica Neale Donald Walsch em seu livro “Novas revelações”: Essa Energia da Vida vibra e tremula, pulsa e brilha em volta de todos os objetos físicos do Universo. Dependendo da frequência da sua vibração, essa energia pode às vezes ser vista. Pode também produzir outros efeitos como calor.”

Essa manifestação de energia, portanto, é a Essência primordial, a Matéria base de tudo o que existe, a Luz que Somos Nós.

Somos em verdade energia eterna e sem limite.

Outra consideração que deve ser feita para desfazermos enganos é que essa Luz não irradia dos objetos físicos. Ao contrário, a irradiação converge para todos os objetos materiais, e assim os cria.

A estrutura energética percebida como irradiação ou aura rodeia a matéria que criou e se expande desse objeto indefinidamente no tempo e espaço. A energia nunca tem fim. Ou seja, não existe espaço entre um campo energético e outro, ele não tem começo nem fim. Assim somos, não há nenhum local onde nossa alma termine e comece outra.

Novamente recorrendo a Walsch, “É como o ar em sua casa. Há vários cômodos separados, mas só um ar”.

Nossa alma, a estrutura energética que ela é, estende-se continuamente, não se apaga inteiramente jamais, e muito menos se extingue. Ao contrário, combina-se e se une a outras estruturas energéticas, constituindo outras aglomerações, criando modelos e configurações diversos, desdobrando-se no infinito.

Isto é o que somos: estruturas de energia que não tem limites, Almas sem fim, eternas.

Em verdade é isso que somos.

José Batista de Carvalho

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Algumas palavras sobre autoconhecimento

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Palavras que podem definir o que é o autoconhecimento.

O autoconhecimento, para ser compreendido em algumas poucas palavras, é uma prática adotada com a finalidade de se conhecer melhor.

É um trabalho de introspecção, quando procuramos compreender o que nos move. Isto é, procuramos entender como o nosso mundo interior define e concretiza o nosso mundo exterior. Aquilo que desejamos como ideal de vida – amor, felicidade, sucesso, riqueza, ou qualquer outra aspiração que tenhamos – não vamos encontrar no mundo exterior enquanto não nos aproximarmos de nosso mundo interior.

Quais os mecanismos que agem em nosso mundo interior?

Os mecanismos interiores são pessoais, individualizados, únicos em suas características de percepção, ou seja, o mesmo evento é registrado, percebido, sentido e posteriormente recuperado/revivido de maneiras diferentes por diferentes pessoas.

Eles respondem pela forma como vemos e sentimos o mundo à nossa volta e pautam as ações com as quais conduzimos nossa vida. Alguns dos aspectos de nosso mundo interior que vale a pena que sejam compreendidos dizem respeito às emoções e aos pensamentos:

  • quais são as emoções que mais comumente afloram em nossos dias
  • como elas direcionam as nossas atitudes
  • de onde se originaram e como se formaram
  • qual sua relação com os pensamentos que transitam pela nossa mente
  • qual a relação que existe entre os pensamentos e o que ocorre em nossa vida
  • de que forma eles exercem ação direta sobre a vida que vivemos
  • como ter um domínio de maneira consciente sobre esses elementos (emoções e pensamentos) para conseguir resultados positivos em nossas resoluções

Qual a importância de nos conscientizarmos dos mecanismos interiores.

Com o desenvolvimento pessoal obtido através do profundo conhecimento de si próprio, tornamo-nos aptos a reconhecer e aceitar nossos diversos conteúdos interiores – tanto os positivos, como os negativos. Costuma-se chamar a isto de expansão da consciência, que em outras palavras, nada mais é que ter a consciência, estar ciente da ação dos nossos componentes interiores na jornada do autoconhecimento.

Com o reconhecimento e a prática, podemos direcioná-los e utilizá-los de forma proveitosa, estimulando os fatores positivos, e modificando os negativos de modo a torná-los neutros ou favoráveis.

Desta forma, conseguimos manter um melhor equilíbrio em situações que exigem escolhas difíceis ou na ocorrência  de fatos que tendem a desestabilizar emocionalmente, como término de relacionamentos, frustrações pessoais ou financeiras, críticas recebidas, perda de emprego ou insucesso de negócio, entre tantos outros problemas que enfrentamos na vida.

O que podemos modificar é não a ocorrência de situações dolorosas e frustrantes, mas a forma como reagimos a elas, de modo a resolvê-las ou superá-las com menos angústia e maior serenidade, com menos dúvidas e mais confiança.

A importância da espiritualidade no contexto do autoconhecimento.

Outro aspecto a ser considerado, além das emoções e dos pensamentos, é o que diz respeito à espiritualidade. A obtenção de melhorias pessoais como resultado do autoconhecimento trata de nosso bem-estar e satisfação ao conseguirmos permanecer num estado emocional sereno e pacificado, bem como a possibilidade de conseguirmos melhores condições para realizarmos nossos desejos e aspirações na vida.

Quando a esses componentes acrescentamos a aproximação de nosso núcleo de espiritualidade, esse bem reveste-se de um significado maior, pois visará também o bem comum.

A espiritualidade pode ser entendida como um estado de profunda conexão com algo maior e transcendente à vida física, esteada em valores morais de respeito a todos os seres viventes, em princípios de humildade, gratidão, compreensão, honestidade, compaixão.

Todos, assim, são vistos como iguais, diferindo em suas caraterísticas de personalidade – os aspectos pessoais a serem reconhecidos, aceitos e, se necessário, transmutados.

O autoconhecimento é, em nível mais abrangente, um processo no qual se busca a integração dos nossos aspectos emocional, mental, físico e espiritual.

É a harmonização, em primeiro lugar, do relacionamento consigo próprio para, então, ter melhores possibilidades de bons relacionamentos com o mundo.

Noemi C. Carvalho

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