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A lei de causa e efeito e a relação de nossa vida com o passado pode ser melhor compreendida neste caso real contado por Ramiro Gama.

Lei de causa e efeito, um caso real

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Uma história real para entender a lei de causa e efeito.

A lei de causa e efeito é mais facilmente compreendida quando vista através de um exemplo real da vida contemporânea. É o caso, por exemplo, desta história de Ramiro Gama, que nos mostra a relação existente entre as provações que afligem a existência atual de Cirilo Pinto com ações praticadas por ele em existência anterior.

Este caso do livro “Lindos Casos de Chico Xavier” traz ensinamentos valiosos quanto ao motivo das provas que se interpõem em nossa vida. Também nos ajuda a entender porque é importante aceitá-las com resignação e como encontrar bom ânimo para prosseguir mantendo a confiança e a fé.

Ramiro Gama relata que, numa visita a um amigo na cidade de Caçapava, conheceu Cirilo, espírita que vivia uma grande prova e o impressionou com a sua conversação segura e os seus conhecimentos doutrinários.

Em certo momento, ele mostra uma imagem que Chico Xavier lhe dera, na qual se veem duas cruzes: uma pequena e outra grande. Cirilo explica que a grande simbolizava aquela carregada por Nosso Senhor Jesus Cristo. E a outra demonstrava, como fizera entender o amoroso médium que o presenteara, a pequena cruz que todos nós carregamos.

Como a lei de causa e efeito se fazia sentir de forma real na vida de Cirilo.

A trajetória de Cirilo foi explicada por uma sobrinha. Ela conta que, em outubro de 1936, ele foi denunciado como portador de lepra, por ter as mãos entrevadas e devia, por isso, ser internado e separado do convívio social.

Cirilo, que na época fazia parte da direção do Centro Espírita Caçapavense, afastou-se de suas obrigações e retirou-se da cidade. Sabia que não era portador do mal de Hansen, pois Espíritos amigos lhe haviam esclarecido sobre o fato, e ele não se entregaria aos inimigos gratuitos.

Passado já algum tempo, arrefecendo a perseguição à sua família, Cirilo retorna discretamente ao seu lar, mas se enclausura num quarto nos fundos do quintal.

Amigos caridosos, tocados pelo seu sofrimento, vão a Pedro Leopoldo. E ali recebem de Emmanuel, por intermédio de Chico Xavier, uma comovedora e instrutiva mensagem, dirigida a Cirilo, relatando os motivos de sua dolorosa prova.

Emmanuel traz palavras de esclarecimento e de consolação.

A missiva de Emmanuel assim começa: “Meus amigos, Deus vos conceda muita Paz espiritual e, sobretudo muita coragem para enfrentardes as lutas ásperas da vida terrestre. Sei da angústia que vos dilacera o coração sensível e fraterno, em face das provas expiatórias da existência material, e conheço o sacrifício efetuado para tão longa viagem, em busca de um amparo moral para o coração.

Sim. O Espiritismo veio para o esclarecimento e para a consolação! Manancial divino e sacrossanto, é nas suas águas tranquilas e puras que a sede humana, de conforto e de Paz, é devidamente saciada, na perspectiva deslumbrante da vida do infinito.

Depois da esteira larga das dores, desdobra-se a estrada divina da redenção no plano imortal e somente lá, distante do convencionalismo e dos enganos da existência na Terra, podemos compreender integralmente a causa dos sofrimentos e das provações.”

O resgate penoso de um passado sombrio e delituoso.

Em seguida, Emmanuel refere-se diretamente a Cirilo, exortando os amigos a manter-se ao seu lado, concedendo-lhe conforto e amparo em suas dolorosas provas. “São elas rudes, mas são necessárias à sua personalidade, sobre a face da Terra”, explica o mentor espiritual.

Ele também faz a confirmação de não se tratava de hanseníase e, portanto, a família, bem como os amigos e pessoas do convívio, não precisavam alimentar receios ou dúvidas quanto a esse fato.

Entretanto, Emmanuel lamenta que, “considerando a necessidade das provações purificadoras, não possamos estender essa certeza ao ambiente social, onde os prezados irmãos foram chamados a trabalhar e a viver, em vista da nossa impossibilidade de eliminar de um dia para outro a série de perseguições, de que ele tem sido vítima, em companhia de seus familiares e de seus amigos, em face da necessidade do resgate penoso de passados sombrios e delituosos. Precisamos dar ainda mais tempo, esperando a manifestação da misericórdia divina que não nos desamparará.”

Segundo o benfeitor, é necessário esperar “que o tempo consiga apagar o calor das perseguições tenazes e dolorosas. Voltará o dia de tranquilidade e de paz, na dor e no sacrifício. Esperemos a Providência Divina”, conforta Emmanuel.

Entendendo o porquê do sofrimento de Cirilo e das pessoas próximas.

De modo a aprofundar a compreensão de como a lei de causa e efeito atua na vida real e, assim, trazer maior coragem e motivação para a superação das dolorosas provações, Emmanuel relata os fatos do passado que se manifestavam, na atualidade, na forma de difíceis provas para Cirilo, como forma de reparar antigos feitos e restabelecer o equilíbrio.

O bondoso Espírito revela, então, que Cirilo “resgata hoje um passado de penosos débitos espirituais, quando as suas mãos lavraram sentenças inapeláveis no tribunal da Inquisição e da penitência, nas eras que se foram, considerando-se que, cada um de vós que hoje com ele sofreis, tendes igualmente a vossa parcela de responsabilidade”.

E Emmanuel deixa claro que sua manifestação tem somente a finalidade de “elucidar-vos parcialmente, fortificando-vos no coração a esperança no Senhor, cuja justiça perfeita é completa, mas igualmente cheia de bondade e de misericórdia.”

Portanto, as agruras e as perseguições enfrentadas não só por Cirilo, mas também por sua família e companheiros de jornada, traziam os reflexos das escolhas feitas no passado. E a aceitação e resignação perante as provas trazem a redenção para o futuro.

O entendimento da vida espiritual traz força e coragem para suportar as provações.

“Quanto aos perseguidores,” enfatiza Emmanuel, “tolerai com resignação e caridade. Todas as tempestades chegam e passam, ainda mesmo as mais longas, tal qual essas que vêm provocando tantas lágrimas, há quanto tempo. Mas orai e esperai, cheios de confiança naquele que representa toda a Verdade e toda a Luz. Cada qual tem o seu dia de dor sobre a face da Terra! Os que hoje perseguem, levados pela vaidade e pela ambição, amanhã encontrarão os mesmos espinhos na estrada escabrosa da existência material.”

Emmanuel reforça a necessidade da continuação nos trabalhos doutrinários da maneira que era possível para Cirilo. E também que se lhe desse o amparo necessário à sua condição, orientando: “Não deveis providenciar qualquer mudança da oficina onde vos encontrais. Que o vosso Irmão Cirilo sacrifique-se ainda mais um pouco, por algum tempo, aguardando a misericórdia do Pai, com o fim de harmonizar o ambiente dos seus, e que o amparem fraternalmente, como se faz necessário.”

Finalizando, o bondoso amigo se despede: “E agora, meus amigos, despeço-me de vossos corações desejando-vos a mais santa paz de espírito. Que o Senhor nos abençoe o entendimento, concedendo-nos muita coragem para a luta, é a rogativa sincera do vosso irmão humilde.”

Emmanuel, Pedro Leopoldo, 25/10/1938

Mais uma vez, o amparo de Chico fortaleceu o espírito de Cirilo.

Ramiro Gama continua a sua narrativa desta história onde a lei de causa e efeito se faz presente na existência atual de Cirilo. Ele conta que Cirilo continuou o seu trabalho junto à Doutrina. E muitas vezes teve que apaziguar espíritos rebeldes, que queriam submetê-lo aos seus caprichos ou prejudicar alguém.

Entretanto, com o desencarne de uma sobrinha muito querida, ele se deixou abater e enfraquecer a sua fé. Ramiro assim relata: “Foi, então, que espíritos rebeldes, velhos inimigos seus, o atacaram com êxito. Ficou como que obsidiado. Sofria muito e fazia sofrerem os seus. O Chico foi lembrado.”

Escrita uma carta ao querido médium, a resposta veio poucos dias depois: que não se apoquentassem, tudo iria ser solucionado na Paz do Senhor. E no verso da carta, Chico Xavier coloca uma mensagem a Cirilo: “Recebi sua carta e acompanho o seu bom coração com as minhas preces a Jesus. Ele, meu bom amigo, nosso Mestre e Senhor, nos ajudará a carregar o madeiro de nossa redenção. Tenhamos, como sempre, coragem e fé. Atendamos à vontade do Mestre, meu caro Irmão. Ele tem poder para nos salvar de todas as lutas. Receba um grande abraço do seu menor irmão reconhecido de sempre.”

Chico, Pedro Leopoldo, 10/01/1945

Conheça mais sobre a reencarnação e a lei de causa e efeito na categoria “Espiritismo” em LêAqui.

Compreender a lei de causa e efeito traz a real dimensão da vida atual.

Com a amorosa mensagem de Chico, Cirilo se animou e seguiu os conselhos do caro amigo. Colocou perto dele o cartão com a cruz grande e a cruz pequena, para que lhe ajudasse a lembrar os deveres com o Mestre Jesus em suas atividades espirituais. Como conta Ramiro Gama, Cirilo então melhorou e voltou a viver a sua prova, “com fé e resignação, levantando desanimados, burilando corações enfermos, fazendo o bem.”

Lembremos, a cada momento, que estamos ainda vivendo num mundo de provas e expiações, pois ainda não conseguimos equilibrar a nossa balança pessoal dentro da ordem e da justiça divinas.

O bem ou o mal que nos chega não é senão o efeito de nossas atitudes passadas. Por isso, quanto melhor compreendermos que tudo o que se passa na nossa vida são oportunidades para nos melhorarmos, olharemos as nossas adversidades, bem como nossos adversários, com o olhar do entendimento espiritual.

Deixemos, portanto, para trás os sentimentos de revolta e de incompreensão. E vamos substituí-los pela fé em nossa capacidade de superação, bem como na certeza de que Deus nos concede sempre valorosos e bondosos amigos, tanto no plano material da Terra como nas esferas espirituais, que nos apoiam e reúnem esforços para nos auxiliar a consolidar a vitória do nosso objetivo nesta reencarnação.

Noemi C. Carvalho

Inspirado em conto do livro de Ramiro Gama, “Lindos Casos de Chico Xavier”

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Algumas dúvidas da vida respondidas por Bezerra de Menezes

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Quando as dúvidas surgem, as mensagens de Bezerra de Menezes trazem orientação para a vida.

Ramiro Gama, numa das muitas histórias¹ sobre o Dr. Bezerra de Menezes, conta sobre uma mensagem onde o abnegado benfeitor espiritual traz um esclarecimento para que as dúvidas não nos causem angústia na vida.

Ele recorda uma ocasião em que conversava com amigos e parentes, quando então falavam sobre a falta de dinheiro para realizar mais obras assistenciais junto aos pobres.

Todos se lamentavam por não poder atender mais adequadamente a tantos pedidos de remédios, de roupas, bem como de alimentos aos irmãos necessitados, por causa da escassez de recursos materiais.

E foi assim que, com esse pensamento em mente, foram aos trabalhos que se realizavam na Comunhão Cristã de Uberaba. Procuraram, nas mensagens recebidas recentemente, uma que pudesse trazer conforto aos seus corações angustiados. Depararam, então, com uma mensagem do espírito querido de Bezerra de Menezes.

“Uma página de luz, que respondeu às nossas perguntas. E deu-nos uma noção clara do que seja dinheiro e carência, para nos deixar em dia com os deveres cristãos, que, sobremodo, nos cabem realizar no campo dos famintos de alimentos e de luz, dos necessitados de roupa, de remédios e também dos conhecimentos que tanto nos consolam”, diz Ramiro Gama.

A mensagem do Dr. Bezerra de Menezes.

“Filhos, quando puderdes, semeai a felicidade para os vossos irmãos na Terra; quanto nos seja possível sirvamos. Tempo é também depósito de Deus em nossas mãos.

Aqui, na vida Espiritual, não se vos perguntará quanto aos títulos que usastes, nessa ou naquela esfera de atividade humana. Mas sim sereis inquiridos quanto às dores que atenuastes, às lagrimas que suprimistes.

Amemo-nos! Tudo é bênção quando convertemos as lutas e os valores do mundo em bênçãos para a vida.

Louvemos, pois, a nossa oportunidade de trabalhar. Em todas as circunstâncias, preservemos a nossa tranquilidade para servir, em todas as provações, imunizemo-nos contra a discórdia e reunamos nossas mãos uns aos outros, fraternalmente, para que o tempo, patrimônio do Senhor, não se perca em nossos passos.

Agradeçamos à Divina Providência o dom de compreender a verdade e o ensejo de trabalhar na concretização do melhor ao nosso alcance. Todos os elementos do mundo são ingredientes necessários à luz de nosso próprio burilamento.

Tudo tem o seu porquê.

Dinheiro é instrumento do Senhor para todos os que se decidem a servi-lo na pessoa dos semelhantes. E carência de recursos materiais é outra vantagem do Senhor para todos os que lhe sabem acatar os desígnios, transformando-a em trabalho renovador.

Dor é bênção, e alegria é bênção. Dificuldade é via de acesso à vitória nos ideais que nos propomos alcançar, e facilidade é caminho para sustentarmos o triunfo a que aspiramos, no desempenho dos propósitos de Jesus.

Tudo na Terra e na vida é apelo a que trabalhemos mais, servindo mais. À face disso, que a compreensão real do Evangelho nos felicite, inspirando-nos a materializar, com mais segurança, as esperanças do Cristo a nosso respeito.

Não nos deixemos envolver por dúvidas e sombras, incertezas e dissensões. O grande remédio para todas as aflições será sempre trabalhar mais e servir mais, entregando ao Senhor a parte dos problemas que não nos seja possível resolver.

Unamo-nos, portanto, filhos queridos, e acalentando a alegria em nossos corações, sigamos ao encontro do futuro, na certeza de que Jesus os sustentará hoje e sempre.”

Bezerra de Menezes

1 – “Lindos Casos de Bezerra de Menezes”, de Ramiro Gama

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A reflexão de Bezerra de Menezes na Espiritualidade

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Como estará Bezerra na Espiritualidade?

Numa oportunidade em que conversava com Chico Xavier, Ramiro Gama¹ e outros companheiros falavam de Bezerra de Menezes, do seu Apostolado na Terra e, agora, na Espiritualidade.

E perguntaram ao querido médium:

— Será que, no além, continua o nosso caro Bezerra atento aos nossos inúmeros pedidos e com aquele enorme exército de sofredores, muitos dos quais exigindo-lhe o impossível?

Chico Xavier não respondeu, mas à noite, na sessão realizada no Centro Espírita Luiz Gonzaga, ele recebe notícias de Bezerra, trazidas pelo Espírito luminoso do Irmão X.

Um momento de tristeza do grande benfeitor.

“Conta-se que Bezerra de Menezes, o denominado Apóstolo do Espiritismo no Brasil, após alguns anos de desencarnação, achava-se em praia deserta, meditando tristemente acerca da maioria dos petitórios que lhe eram endereçados do mundo.

Em grande número de reuniões consagradas à prece solicitavam-lhe providências de natureza material. Numerosos admiradores e amigos rogavam-lhe empregos rendosos, negócios lucrativos, alojamentos, proteção para documentários diversos, propriedades e promoções. Em verdade, sentia-se feliz, quando chamado a servir um doente ou quando trazido à consolação dos infortunados.

Contudo, fora na Terra um médico espírita e um homem de bem, à distância de maiores experiências em atividades comerciais. Por que motivo a convocação indébita de seu nome em processos inconfessáveis?

Não era também ele um discípulo do Evangelho, interessado em ascender à maior comunhão com o Senhor? Não procurava aprender igualmente a lutar e renunciar?

A reflexão sentida de Bezerra de Menezes traz a bondosa presença de Santo Antônio.

Monologava, entre inquieto e abatido, quando viu junto dele o grande Antônio, desencarnado em Pádua, no ano de 1231. O admirável herói da Igreja Católica, nimbado de intensa luz, ouvira-lhe o solilóquio amargo.

Abraçou-o, com bondade, convidando-o a segui-lo. Em breves minutos, ei-los ambos no perfumado recinto de grande templo. O santuário, dedicado ao popular taumaturgo, regurgitava de fiéis que se prosternavam, reverentes, diante da primorosa estátua que o representava, sustentando a imagem de Jesus menino.

O santo impeliu Bezerra a escutar os requerimentos da assembleia e o seareiro espírita conseguiu anotar as mais estranhas e inoportunas requisições.

Suplicava-se a Antônio casa e comida, dinheiro fácil, saliência política, matrimônio e prazeres. Não faltava quem lhe implorasse contra outrem perseguições e vinganças, hostilidade e desprezo, inclusive crimes ocultos.

Confissões do Santo casamenteiro.

O amigo e benfeitor esboçou um gesto expressivo e falou, bem-humorado, ao evangelizador brasileiro:

— Observaste atentamente? As petições são quase sempre as mesmas nos variados campos da fé. Sequioso de burilamento íntimo, troquei na Igreja o hábito de cônego pelo burel dos frades.

Ensinei a palavra do Mestre Divino, sufocando os espinhos de minhas próprias imperfeições. Fosse nas seduções da vida secular ou na austeridade do convento, caminhava mantendo pavorosas batalhas comigo mesmo, ansiando entesourar a virtude, em cujo encalço permaneço até hoje.

Entretanto, procuram-me, através da oração, para ser meirinho comum ou advogado casamenteiro. E porque Bezerra sorrisse, reconfortado, aduziu:

— Nosso problema, contudo, é o de instruir sem desanimar. Jesus, no monte, sentindo extrema compaixão pela turba desvairada, alimentou-lhe o corpo e clareou-lhe a alma obscura.

Bezerra recobra o ânimo e retoma a sua tarefa educadora.

Nesse justo momento, surge alguém à cata de Bezerra. Num círculo de oração, organizado na Terra, pediam-lhe indicações para que fosse descoberto enorme tesouro de aventureiros antigos, desde muito enterrado.

Antônio afagou-lhe os ombros e disse, benevolente:

— Vai, meu amigo, e não desdenhes auxiliar. Decerto, não te preocuparás com o ouro escondido, mas ensinarás aos nossos irmãos o trato precioso do solo para a riqueza do pão de todos e, descerrando-lhes o filão ao progresso, plantarás entre eles o entendimento e a bondade do Excelso Amigo.

Bezerra despediu-se, contente. E tornou corajoso à luta, compreendendo, por fim, que não bastaria velar pela atitude dos companheiros invigilantes, mas devia ajudá-los com todo o amor, consciente de que o Cristo é o Mestre da Humanidade e de que o Evangelho, acima de tudo, é obra de educação.”

Irmão X

1 – Ramiro Gama, em “Lindos Casos de Bezerra de Menezes”

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Quando Chico Xavier emocionou o Dr. Bezerra de Menezes

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Depois de uma longa noite de trabalhos.

Entre tantas belas histórias contadas por Ramiro Gama, uma delas fala da ocasião em que Chico Xavier emocionou o venerável Bezerra de Menezes.

Chico sofria fisicamente, mas não deixava transparecer. Com a fisionomia sempre serena e irradiando bom humor, nem de leve quem o acompanhava percebia o que lhe ia por dentro da alma cândida e sempre experimentada.

Um dos males que lhe afligia o corpo era relacionado à visão. A dor era constante em uma das vistas, e além disso, vez por outra lacrimejava e até sangrava, aumentando as suas dores.

Numa das sessões realizadas às sextas-feiras no Centro Espírita Luiz Gonzaga, Chico atendeu durante cinco horas seguidas, passando mais de duas mil receitas para as pessoas necessitadas do auxílio.

Mas ao final, a sua vista mais lesada sangrava e doía insuportavelmente. O Dr. Bezerra de Menezes, o abnegado Espírito receitista, já havia se ausentado, depois de haver, através de Chico, respondido a todas as perguntas e solucionado infinidades de problemas particulares.

O que fazer, pensava o querido médium, em meio a uma assistência numerosa de irmãos, que nem de leve lhe sentia a prova, e que ainda se mostrava desejosa de receber, pelos seus abraços de despedida, para que pudessem, assim, receber mais algum benefício?

Chico Xavier emocionou o Dr Bezerra.

Nesse momento Chico vê ao seu lado o Espírito amoroso de Antonio Loreto Flores e lhe suplica humildemente:

— Irmão Flores, você que é um dos abnegados e sinceros pupilos do Dr. Bezerra, pede-lhe um remédio para meus olhos, pois sofro muito…

O Irmão Flores parte imediatamente em busca do auxílio solicitado. Daí a instantes chega com o Dr. Bezerra, que olhando Chico, se surpreende e lhe diz:

— Mas, Chico, por que você não me disse que estava passando mal da vista? Eu lhe teria medicado.

E o humilde médium, emocionado por ver à sua frente o Espírito querido, todo iluminado, refletindo bondade, lhe pede:

— Dr. Bezerra, eu não lhe peço como gente, mas como uma besta cheia de pisaduras, que precisa curar-se para continuar o seu trabalho e ganhar seu pão de cada dia. Cure, pois, por caridade, os meus olhos doentes…

— Se você, caro Chico, é uma besta e eu, quem sou, então? – retrucou-lhe o querido apóstolo.

— O senhor, Dr. Bezerra, exclama Chico, é o Veterinário de Deus!

O Dr. Bezerra, emocionado e surpreso pela resposta do Chico, volta-se para o lado e sorri.

E o médium conclui:

— Pela primeira vez, desde que trabalho com o Espírito querido do Kardec Brasileiro, vi-o sorrir e fiquei satisfeito. Depois disto, colocou-me ele as mãos luminosas sobre a vista doente e senti-me, de imediato, melhorado.

Tudo se deu em minutos. Ninguém soube do sucedido. Os abraços de despedida vieram.

E o Chico conseguiu partir para o seu lar e dormir uma noite sem dores e sem lágrimas.

Adaptado de texto de Ramiro Gama, no livro “Lindos casos de Bezerra de Menezes”

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Como cultivar as flores do coração

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Um belo jardim e um coração sem flores.

Ramiro Gama conta vários episódios da vida do Dr. Bezerra de Menezes, e um deles fala sobre as flores do coração. O abençoado Médico dos Pobres se dedicou, na Terra, a ajudar e a servir todos aqueles que dele necessitassem. E continua, de sua morada espiritual, ofertando recomendações e caminhos a todos que buscam o seu amparo e proteção, servindo, incansável, aos trabalhos do Cristo.

Gama relembra certa vez que passava em frente a uma casa. “O belo jardim, repleto de lindas e variadas flores, circundava-a, encantando-nos a vista e convidando-nos à contemplação repousante e aos bons pensamentos.

Um pobre esfarrapado e doente batia palmas. Desejava algo de seus moradores.

E, enquanto meditávamos no que víamos, banhando-nos na poesia daquelas flores tão vivas, tão belas e tão diversas, fomos despertado pelo barulho da porta que se abrira para deixar aparecer uma senhora, que assim despachara o pedinte e necessitado:

– Hoje, nada temos… Deus lhe favoreça

O mendigo, cabisbaixo, revelando sofrimento físico e moral, seguiu, então, o seu caminho e Deus sabe o que lhe ia de amargores na alma…”

Em seguida, Gama relata que foi tolhido da suave contemplação pela surpresa ante a atitude inesperada. Uma residência tão bem cuidada, com o jardim que se diria um retrato da alma boa e caridosa de seus moradores, mas que se mostrava o oposto.

Diante desse triste quadro, vêm à mente de Gama palavras de Joaquim Murtinho, no livro “Falando à Terra”, psicografado por Chico Xavier:

— “Por que não multiplicar, em torno de nós, os gestos de gentileza e de solidariedade, que simbolizam as flores do coração?”

“Tantos lares, por aí, tendo à frente jardins magnificentes, enquanto seus proprietários ou moradores vivem sem flores nos corações!”, arremata Ramiro Gama.

As mais lindas flores são as que cultivamos no coração.

Em outra ocasião, Gama comentava com um conhecido o fato que presenciara. Este, ouvindo a história, lembra de um fato que ele então conta ao amigo sobre “uma casinha humilde, de fachada simpática, tendo à frente um jardim sempre florido, bem tratado. Conservava o reflexo da alma de seu antigo morador.

Lembro-me de haver passado, por ali, vez por outra, anos atrás, e visto um velhinho bondoso e modesto, toda manhã, vestindo roupa pobre e usada, sorridente e delicado, tratando, com carinho, das flores, afagando-as, admirando-as, traduzindo-lhes o simbolismo.

Alguém o procura:

— Desejava falar ao Sr…

— Entre, sou eu mesmo.

— O senhor?!

— Sim. Será que a roupa de jardineiro mudou-me a fisionomia?

— É que fazia de sua pessoa outra ideia. E agora verifico que é uma verdade o que dizem por aí: o senhor é mesmo modesto e bom. Tem flores no coração!

E o visitante entrou. Entrava na casa de Bezerra de Menezes. E saiu, em seguida, com o seu problema solucionado e também contagiado de alegria cristã, de bom ânimo, de algo diferente que preenchia sua alma com uma paz celestial.”

O grandioso coração do Dr. Bezerra.

Dr. Bezerra, o abnegado benfeitor, sem dúvida tinha belas flores no coração, expressadas em gestos de gentileza e de solidariedade, de respeito e de compreensão, de amor sincero pelo seu próximo.

Como retrata Gama, “sorrindo, animava. Olhando, afagava. Abraçando, curava. Falando, esclarecia e confortava. Orando, produzia milagres.

Sabia ser solidário, afável, bondoso, humilde, tolerante, abnegado, crente sincero e auxiliar seu irmão na hora necessária.

Sabia renunciar às glórias do mundo, ser simples de coração, encontrar Jesus nos irmãos de toda parte, motivo por que Jesus, o tomou como companheiro para todo o sempre.

Bezerra de Menezes deixou entre nós, o perfume das flores de seu coração grandioso. E no dizer de Joaquim Murtinho, um recurso medicamentosos dos mais eficientes para a saúde verdadeira, em essência, é a harmonia de vibrações, expressando as flores do coração.”

Nós também podemos cultivar as flores do coração.

O Dr. Bezerra de Menezes era um jardineiro que plantava amorosas sementes na terra e também na alma das pessoas aflitas que o procuravam.

Muitas vezes, quando alguém se aproxima pedindo algum tipo de auxílio surge uma dúvida: será que aquela pessoa está pedindo ajuda para se alimentar ou para alimentar um vício? Ela está sem trabalho ou sem vontade de trabalhar?

Jesus disse: “Não vim para julgar o mundo, mas para salvá-lo.” (João 12:47)

Nós podemos dizer: “Não vim para julgar, mas para servir.”

Deixemos, portanto, o julgamento a Deus – e à consciência de cada um, que um dia vai se dar conta dos desvios do caminho aos quais se lançou. Vamos fazer a nossa parte, para servir a Deus e a Jesus, percorrendo o nosso caminho conforme os caridosos e excelsos ensinamentos que o Mestre nos legou.

Sigamos o mandamento maior de amar a Deus acima de tudo e ao próximo como a nós mesmos, mantendo a consciência de que somos todos espíritos imperfeitos, e em pontos diferente da jornada espiritual. E além disso, lembrando que podemos também enfrentar dificuldades inesperadas, façamos aos outros o que gostaríamos que fizessem por nós.

Assim, estaremos cuidando de nosso jardim interior, cultivando as flores de nosso próprio coração.

Noemi C. Carvalho

Do livro “Lindos Casos de Bezerra de Menezes” – Ramiro Gama

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Dr. Bezerra sabia dar a cada um o tratamento que precisava

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O amor e a inspiração celeste orientavam os trabalhos do Dr. Bezerra.

Para prestar o melhor auxílio aos necessitados, é preciso, sem dúvida, de compaixão e de um coração amoroso. E era assim que o Dr. Bezerra de Menezes ajudava a cada um da maneira que mais lhe traria proveito, dependendo do tratamento que cada um precisava.

E tanto na assistência às pessoas sofredoras que o procuravam, bem como no auxílio aos Espíritos necessitados, o Dr. Bezerra atendia a todos de acordo com as suas necessidades particulares, e de forma que algum bem lhes fizesse.

Leia, em seguida, esta história que Ramiro Gama conta sobre um acontecimento numa sessão de trabalhos do Grupo Ismael.

Dr. Bezerra dá um susto no Espírito zombeteiro.

“Presidindo às Sessões do Grupo Ismael, com amor e assiduidade, com a força moral de seu Espirito ligado, totalmente, a Jesus, sabia Bezerra de Menezes sair-se das situações mais delicadas.

Espíritos rebeldes, travessos, brincalhões, incorporavam-se nos médiuns e experimentavam a paciência e a potencialidade de fé do Presidente do Grupo.

Numa delas, aparece um Espírito insensível às mais sentidas admoestações.

Em dado momento, o bom velhinho lhe diz séria e amorosamente:

— Você precisa é de prisão e não de conselhos.

E, virando-se para os companheiros, em redor da mesa, em concentração, diz:

— Chamem a Polícia…

Imediatamente, o Espírito zombeteiro, assustado, largou o médium e partiu.

O tratamento do Dr. Bezerra era diferente, de acordo com o que cada um precisava.

Imediatamente, também, pelo mesmo médium, apareceu outro Espírito e, encarando bem de frente o Presidente do Grupo, desafia-o:

— Chame, então, para mim a Polícia, e prenda-me… Vamos…

Bezerra, sem perder a serenidade e como que esperando aquele desfecho, responde-lhe com brandura:

— Aquele, que o antecedeu, precisava de prisão, de um corretivo policial, mas você, meu filho, precisa de Prece e de Amor!

E, levantando seu Pensamento para o Alto, ora sentidamente com os companheiros, a favor do Espírito desafiador que, recebendo algo intraduzível, vindo da Espiritualidade, chora e, arrependido, despede-se:

— Deus lhe pague, bom Irmão! Ganhei algo de que precisava: Prece e Amor!

E partiu como quem ganhara um Presente do Céu! Aquele Trabalho do Senhor alcançara outros Espíritos assim necessitados. E todos se banharam na Luz do Amor que ama!”

Ramiro Gama, em “Lindos Casos de Bezerra de Menezes”

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Quando Chico teve que evangelizar os desencarnados

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Faltaram frequentadores no Centro de Chico.

Chico Xavier, entre os anos de 1932 a 1934, viu-se na posição de evangelizar os desencarnados, levando aos espíritos a palavra do Evangelho, o esclarecimento espiritual e o consolo para os espíritos em sofrimento.

Pode parecer estranho. Mas esse fato deu-se em função do Centro Espírita Luiz Gonzaga, fundado por Chico Xavier na cidade de Pedro Leopoldo, ter a presença de frequentadores muito reduzida, ao ponto de apenas cinco pessoas comparecerem às sessões.

Os abnegados frequentadores eram o irmão de Chico, José Xavier e sua esposa, Geni Pena Xavier, o amigo José Hermínio Perácio e sua esposa, Carmen Pena Perácio. E, naturalmente, o próprio Chico.

Como costuma acontecer nas casas espíritas, os aflitos, os obsidiados e os doentes compareciam enquanto necessitavam. Mas logo após se reestabelecerem e os sofrimentos cessarem, não apareciam mais.

Aconteceu que, em certo momento, José Perácio e sua esposa, por necessidade familiar, tiveram que se mudar para Belo Horizonte. E, assim, restaram apenas três pessoas na casa de orações e estudos.

Mas, logo em seguida à saída do casal Perácio, a esposa de José Xavier ficou doente, precisando se ausentar. E então restaram apenas os irmãos, José e Chico.

O irmão de Chico era seleiro e tinha uma dívida com um fornecedor de couros que, nessa mesma época, apareceu e exigiu que José saldasse a dívida, prestando serviços numa oficina de arreios durante a noite. Dessa forma, apesar de não querer abandonar o Centro, foi obrigado a deixar de frequentá-lo por um certo tempo.

A orientação de Emmanuel para Chico: evangelizar os desencarnados.

Chico, abatido e sozinho, considerou também se afastar, mas na primeira noite em que apenas ele estava no centro, não conseguindo encontrar uma forma de agir, eis que surge Emmanuel, que lhe fala:

– Chico, você não pode se retirar e fechar as portas, sigamos servindo.

– Mas seguir como? Não tem ninguém…

– E nós? – questionou o seu Mentor. Você e eu carecemos da mesma forma de estudar o Evangelho para diminuir nossas imperfeições. E além disso, um número grande de desencarnados aqui estão necessitando de ensinamentos e consolação. Comece a sessão na hora marcada, estudemos a palavra do Senhor juntos, e apenas encerre a reunião depois de duas horas das tarefas iniciadas.

Por cerca de dois anos, o humilde salão do Centro era aberto pontualmente às oito horas. Chico realizava a abertura dos trabalhos com uma prece, depois abria ao acaso uma página de “O Evangelho Segundo o Espiritismo”. Em seguida, lia a lição e as instruções em voz alta.

Nesse período Chico desenvolveu a vidência com maior clareza. Dessa forma, podia observar e ouvir as inúmeras almas desencarnadas e sofredoras que compareciam ao Centro em busca de reestabelecimento, de cura e de paz.

Depois da leitura, Chico, inspirado por Emmanuel, respondia às consultas das pobres almas, instruindo-as com as leis divinas.

Um estranho diálogo assustou a irmã de Chico.

Todas as segundas e sextas-feiras, oito da noite em ponto, as sessões se realizavam com as portas abertas e o salão iluminado. Portanto, quem passasse em frente via o médium gesticulando, orando e falando sozinho.

Seus familiares estranhavam o comportamento de Chico em ficar falando sozinho e perguntavam porque ele estava agindo assim. Paciente, o médium esclarecia:

– Emmanuel me orientou a fazer isso porque tem muitos espíritos que vão ao Centro. Aparecem aflitos, infelizes e agoniados, necessitando de consolo e atenção. E a evangelização é indispensável a nós todos, por isso não podemos interromper esse trabalho.

Em um desses trabalhos, Chico conversava, no meio do salão, com o espírito de uma senhora desencarnada. Não era bem um diálogo, pois parecia que só ele falava. Em seguida a uma frase de Chico havia silêncio, e depois ele falava mais alguma coisa.

– Minha irmã, tenhamos fé em Jesus.

– Com paciência encontraremos a paz, não se desespere.

– Tudo piora se não tivermos calma.

– A senhora verá com o passar do tempo que tudo está certo do jeito que está.

O estranho diálogo continuava desse jeito, até que uma das irmãs de Chico, que estava olhando por uma das janelas, pergunta em voz alta:

– Chico, com quem você está falando?

– Com a Dona Chiquinha de Paula.

– Mas como, Chico? A Dona Chiquinha morreu…

– Você não sabe de nada. Ela está bem viva!

O trabalho de Chico para o bem de todos.

A irmã do médium, que ainda não entendia o espiritismo, agitada, contou aos parentes o que viu. Disse que o Chico estava maluco e que precisava ser socorrido, ir ao médico para ser tratado.

As outras irmãs trataram de acalmá-la dizendo que o irmão estava trabalhando, e tudo estava certo.

Afinal, o irmão ajudava tantas pessoas, só fazia o bem, não tinha cabimento achar que ele era louco.

E desse dia em diante, sempre que Chico estava trabalhando em prol do bem de todos, ninguém o julgava pelas suas atitudes.

Prosseguindo com seu trabalho de missionário da luz, tendo até que evangelizar os desencarnados, sem reclamar e suportando todas as dificuldades, Chico dizia:

– O trabalho de cada dia, com a bênção de Deus, tem sido a melhor segurança.

José Batista de Carvalho

Baseado no livro “Lindos Casos de Chico Xavier”, de Ramiro Gama

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Um dia seremos uma estrela de cinco raios

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Mas por que precisamos nos melhorar e evoluir?

Sempre falamos no desenvolvimento pessoal que conseguimos através do autoconhecimento, falamos sobre a necessária evolução espiritual, bem como no aprimoramento de nossas atitudes e nas corretas relações com os outros. São, sem dúvida, várias etapas a cumprir na nossa jornada existencial. Mas a que isso nos leva? Segundo Emmanuel, um dia nós seremos uma estrela de cinco raios.

Através desse instrutivo “causo” de Chico Xavier, podemos ter uma ideia diferente do que significa essa nossa jornada existencial, compreendendo que, de fato, muito conseguimos até agora.

Mesmo assim, ainda temos uma árdua tarefa pela frente. Mas o esforço em vencer os impulsos inferiores, em elevar as baixas vibrações, mantendo pensamentos e atitudes dignos da consciência que já adquirimos, terá uma grandiosa e resplandecente recompensa.

Leia, em seguida, a bela explicação de Emmanuel, neste conto de Ramiro Gama sobre um episódio na vida de Chico Xavier.

Noemi C. Carvalho

Chico e o sapo, um abnegado jardineiro.

“Quando psicografava o maravilhoso livro “Paulo e Estevão”, do Espírito Emmanuel, o Chico, via, ao seu lado, um sapo feio, gorduchão, que o amedrontava muito…

No princípio, distava-lhe alguns metros. Depois, à proporção que a grande obra chegava ao fim, o sapo estava quase aos pés do médium. Isto lhe dava um mal-estar intraduzível.

Emmanuel, observando-lhe o receio, diz-lhe:

– O sapo é um animal inofensivo, um abnegado jardineiro, que limpa os jardins dos insetos perniciosos. Não compreendo, pois, sua antipatia pelo pobre batráquio… Procure observá-lo mais de perto, com simpatia, e acabará sentindo-lhe estima.

Após a ponderação justa de seu Guia, o Chico começou a ter simpatia pelo sapo, e achar-lhe até certa beleza, particular utilidade, um verdadeiro servidor.

Seremos uma estrela de cinco raios.

Terminou a recepção do formoso livro e Emmanuel, completando o acerto, pondera-lhe, bondoso:

– O homem, Chico, será um dia, uma Estrela de Cinco Raios, quando possuir os pés, as mãos e a cabeça levantados, liberados. Já possui três raios: as mãos e a cabeça, faltando-lhes os dois pés, os quais serão libertados quando perder a atração da Terra.

Existem, no entanto, germens, animais, seres outros, com os cinco raios voltados para baixo, para a Terra, sugando-lhe o seio, vivendo de sua vida. Assim é o sapo, coitado, que luta intensamente para levantar um raio, pelo menos a cabeça. O boi já possui a cabeça levantada, já que progrediu um pouco.

É preciso, pois, que o Homem sinta a graça que já guarda e lute, através dos três raios já suspensos, pela aquisição dos outros dois.

Que saiba sofrer, amar, perdoar, renunciar, até libertar-se do erro, dos vícios, das paixões, e, desta forma, terá livres os pés para transformar-se numa Estrela de Cinco Raios e participar da vida de outras Constelações, em meio das quais brilha uma Estrela Maior, que é Jesus.”

Ramiro Gama, no livro “Chico Xavier na Intimidade”

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